João Vaccari Estadão Conteúdo - O promotor Cássio Conserino, do Ministério Público de São Paulo, confirmou ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que o filho mais velho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luiz Lula da Silva (Lulinha), o ex-tesoureiro do PT João Vaccari e o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro também foram denunciados pelo MP paulista.
Conserino protocolou a denúncia contra o ex-presidente Lula e contra Marisa Letícia nesta quarta-feira, 09.
A peça contempla mais de uma dezena de denunciados, entre eles ex-dirigentes da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop).
A Promotoria sustenta que Lula cometeu os crime de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica ao supostamente ocultar a propriedade do tríplex 164-A, no Condomínio Solaris, no Guarujá - oficialmente registrado em nome da OAS.
LEIA TAMBÉM: > Instituto Lula e advogado questionam legitimidade de responsável por denúncia > MP de São Paulo denuncia Lula por lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e falsidade ideológica > ‘Vou exercer o direito ao silêncio’, diz Vaccari a promotor que investiga Lula A acusação tem base em longa investigação realizada pelos promotores Cássio Conserino e José Carlos Blat.
O promotor afirma ter indícios de que houve tentativa de esconder a identidade do verdadeiro dono do tríplex, o que, segundo ele, caracteriza lavagem de dinheiro.
A reforma do tríplex foi contratada pela empreiteira OAS, também alvo da Operação Lava Jato, e custou R$ 777 mil, segundo o engenheiro Armando Dagre, sócio-administrador da Talento Construtora.
Os trabalhos foram realizados entre abril e setembro de 2014.
Em 2006, quando se reelegeu presidente, Lula declarou à Justiça eleitoral possuir uma participação em cooperativa habitacional no valor de R$ 47 mil.
A cooperativa é a Bancoop que, com graves problemas de caixa, repassou o empreendimento para a OAS.
Lula apresentou sua defesa por escrito no inquérito da Promotoria.
O petista se recusou a comparecer pessoalmente ao Ministério Público de São Paulo, na quinta-feira, 3.
A audiência havia sido remarcada.