Foto: Divulgação A leitora atenta Renata Tenório denuncia o descaso com a Rua Desembargador Francisco Luiz, no bairro do Cordeiro, Zone Oeste da capital.

Segundo ela, há dois anos, os moradores foram surpreendidos com o que parecia ser o fim do problema de falta de calçamento quando a Prefeitura iniciou obras de instalação de caixas de esgoto para um novo sistema de saneamento, que posteriormente viria acompanhado da pavimentação da via.

Mas o que parecia ser a solução dos problemas acabou se transformando em mais transtornos.

Ao longo da rua, difícil é encontrar uma calçada inteira.

Todas foram quebradas para receberem as caixas, sem que houvesse qualquer ressarcimento aos moradores ou um conserto por parte do órgão público.

Sem o serviço de saneamento, os moradores sofrem com o mau cheiro e com o aparecimento de mosquitos.

De acordo com Renata, várias pessoas já sofreram com o zika vírus.

Para evitar parte do incômodo, alguns populares decidiram fechar as saídas das caixas por conta própria.

Ainda segundo a leitora atenta, os matos tomam conta dos restos de concreto, e a limpeza urbana demora a aparecer.

Os vizinhos que insistem em cobrar da Emlurb o serviço já são velhos conhecidos da administração e sofrem com o descaso. “Eu já sou conhecida na Emlurb.

Na última vez que liguei, no final de fevereiro, me informaram que estavam sem verbas e que só viriam fazer a limpeza em abril.

Várias vizinhas telefonam, mas não adianta”, afirma a moradora Simone Duarte.

Foto: Divulgação Com os matos altos e uma iluminação precária, a rua de barro, localizada próxima ao Casarão do Cordeiro e a outras comunidades, acaba virando o cenário ideal para investidas de criminosos, e a proximidade com o GOE e o DHPP não inibe a onde de assaltos e furtos de veículos. “Tive meu carro roubado a mão armada na frente de casa, antes das 18h de um domingo.

Na mesma semana, um vizinho que chegava com a filha da escola, reagiu e conseguiu se livrar dos assaltantes.

Continuamos sem segurança, porque aqui nunca tivemos uma ronda policial constante.

Mas a situação ficou ainda pior com uma rua destruída, tomada por esse matagal e sem iluminação.

Onde está a prefeitura que não honra com os serviços básicos ao cidadão?”, reclama a moradora Renata Tenório.

Ruas do entorno, como a Padre Diogo Antônio Feijó – que também recebeu as obras iniciais de saneamento -, e a Joaquim Alheiros estão na mesma situação de falta de estrutura e insegurança. “Os bandidos se aproveitam do matagal e da escuridão e ficam a espera das vítimas, escondidos”, disse Renata.