Em entrevista à Folha de S.

Paulo, o ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República desqualificou a operação Lava Jato.

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil O ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho ouviu, na última quinta-feira, véspera da Operação Aletheia, um desabafo visionário do ex-presidente Lula: “Eu vou ser preso ou vão fazer a minha condução coercitiva porque, do contrário, a Lava Jato não tem sentido.

Em entrevista à Folha de S.

Paulo, Carvalho afirmou que a conversa com o ex-presidente sintetiza a percepção do partido de que a maior investigação das últimas décadas busca fazer “justiçamento, não justiça”.

Para o ex-ministro, a Lava Jato não tem provas contra Lula, tem teses.

E prevê o pior, caso tentem prender o ex-presidente: “O doutor Sergio Moro tem uma necessidade de provar que os agentes do PT formam uma quadrilha e que o capo dessa quadrilha agora é o presidente Lula.

Não quero falar nessa hipótese.

Espero que não brinquem com fogo”, avaliou Carvalho à publicação.

Ainda segundo Carvalho, “nas delações premiadas, só interessam delações contra o PT, porque é preciso provar que aquele dinheiro é contaminado.

O dinheiro que foi para o Aécio e o que foi para a Marina Silva não tem essa contaminação.

Ele sai do mesmo cofre, da mesma fonte, mas como não estavam no governo, não determinaram o assalto à Petrobras”.

Durante a entrevista, Gilberto Carvalho desqualificou a operação Lava Jato. “O povo está se iludindo, achando que a Lava Jato está fazendo um processo importantíssimo de combate à corrupção”.

Carvalho não acredita no sucesso do impeachment e duvida que Dilma Rousseff saia do PT. “Eu acho que a Dilma vai até 2018.

Até porque a sobrevivência dela estaria muito ameaçada”, avalia.