Estadão Conteúdo - Citado na delação premiada do senador Delcídio Amaral (PT-MS), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em nota, nesta quinta-feira (3), que o petista jamais participou de ilegalidade.

Delcídio fez acordo de colaboração perante o grupo de trabalho da Procuradoria-Geral da República na Operação Lava Jato e citou vários nomes, entre eles o de Lula. “O ex-presidente Lula jamais participou, direta ou indiretamente, de qualquer ilegalidade, seja nos fatos investigados pela operação Lava Jato, ou em qualquer outro, antes, durante ou depois de seu governo”, afirmou o Instituto Lula.

A revista IstoÉ divulgou os detalhes da delação de Delcídio que teria 400 páginas e trechos do depoimento.

Segundo Delcídio, partiu de Lula a ordem para que o senador tentasse convencer o ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró, preso na Lava Jato, a não implicar o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente, em uma eventual delação premiada.

LEIA TAMBÉM: > ‘Presunção da inocência vale para todos’, diz Dilma em posse de novos ministros > Delcídio cita Dilma e Lula em depoimento, diz colunista Delcídio foi preso após ser gravado pelo filho de Cerveró prometendo atuar junto a ministros para interferir na Lava Jato. “No caso, Delcídio intermediaria o pagamento de valores à família de Cerveró”.

Segundo a IstoÉ, os R$ 50 mil entregues pelo senador ao advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, saíram do bolso do empresário Maurício Bumlai.

No total, foram R$ 250 mil.

A IstoÉ diz que a revelação pode indicar que o ex-presidente Lula tentou interferir na Lava Jato - mesmo motivo que levou a prisão de Delcídio.

Nas primeiras revelações, o senador detalhou os bastidores da compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras, entre outros assuntos.

As declarações do ex-líder do governo fazem parte de um documento preliminar da colaboração.