Apesar de sempre terem tentado disfarçar, as manobras na direção estadual do PSOL, feitas pelo deputado Edilson Silva, para favorecer o “professor” Leonardo Cisneiros na candidatura a vereador do Recife, foram confirmadas pelo Facebook, nesta quarta-feira (02).

O PSOL fará um lançamento do “assessor” como pré-candidato preferencial do partido à Câmara do Recife.

Após repudiar Dilma, blogueira Noélia Brito, que queria ser vereadora, é rejeitada pelo PSOL O Blog de Jamildo, com exclusividade, revelou o “segredo” em 27 de abril de 2015, quando publicou que “Cisneiros” seria o candidato preferido de Edilson, em detrimento de filiados do PSOL com muito maior militância política e história partidária.

Edilson chegou a romper com vários colegas de partido, que foram fundamentais para sua eleição como deputado estadual, para favorecer Leonardo Cisneiros, que, no início de mandato de Edilson, se apresentava como “assessor comissionado” do deputado.

Descoberto que sua apresentação como comissionado era aparentemente indevida, pois recebia como professor com dedicação exclusiva pela UFRPE, Cisneiros tentou justificar dizendo que era apenas um “assessor voluntário” do deputado.

Não há notícia que sua situação funcional tenha sido regularizada, ou que ele devolveu os salários recebidos no período que tinha que respeitar a dedicação exclusiva à UFRPE.

Quem sabe agora o Ministério Público Federal não entra na matéria, por serem recursos públicos de um órgão federal?

As manobras de Edilson para favorecer a candidatura de Leonardo Cisneiros tiveram como alvo até a procuradora Noélia Brito, que também queria ser candidata a vereadora pelo PSOL.

Edilson, de forma autocrática, proibiu a entrada de Noélia em abril de 2015, apesar de vários membros da direção nacional do PSOL abonarem a filiação.

O deputado, neste caso, não admitiu discussão “coletiva” sobre a matéria.

Edilson ainda fez questão de divulgar uma nota oficial do PSOL, sobre supostas “graves acusações morais” contra Noélia.

Segundo informações de bastidores, coligações com o PSOL estão descartadas, ao menos dos partidos que têm voto de verdade, pois ninguém ainda se esqueceu que o ex-deputado estadual Ramos ficou “a ver navios”, após coligar o seu PMN com o PSOL.

Edilson usou os votos de Ramos para atingir o quociente eleitoral e Ramos “bebeu água”, virando ex-deputado.

Resta agora descobrir que filiados do PSOL irão se prestar ao papel subalterno de ser “cauda de legenda” para garantir a eleição do favorito de Edilson Silva.

Quem sabe os filiados do PSOL não sejam seduzidos por um cargo em comissão no gabinete do futuro vereador Leonardo Cisneiros?

Ou será que não acreditarão na nova promessa, pelo fato de Edilson não ter cumprido, segundo vários filiados do PSOL e publicações na imprensa, os acordos partidários sobre seu próprio gabinete de deputado?