Foto: Wilson Dias / Agência Brasil Estadão Conteúdo - O senador Delcídio do Amaral divulgou na tarde desta quinta-feira (3) uma nota em que contesta o conteúdo da matéria publicada pela revista IstoÉ, com trechos de uma suposta delação premiada do senador. “Nem o senador Delcídio, nem a sua defesa confirmam o conteúdo da matéria”, afirma o texto, que é assinado também pelo advogado Antonio Augusto Figueiredo Basto. “Não conhecemos a origem, tão pouco (sic) reconhecemos a autenticidades dos documentos que vão acostados no texto.” A nota diz ainda que o esclarecimento se faz necessário “em respeito ao povo brasileiro e ao interesse público”. “Esclarecemos que em momento algum, nem antes, nem depois da matéria, fomos contatados”, afirmam.

No fim, a nota destaca o “respeito e comprometimento” de Delcídio com o Senado.

LEIA TAMBÉM: > OAB quer acesso à delação de Delcídio para avaliar pedido de impeachment de Dilma > Oposição fala em convocar Cardozo para explicar delação de Delcídio > Delcídio cita Dilma e Lula em depoimento, diz colunista De acordo com a revista IstoÉ, Delcídio teria dito em delação premiada que a presidente Dilma tentou atuar ao menos três vezes para interferir na Operação Lava Jato por meio do Judiciário. “É indiscutível e inegável a movimentação sistemática do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e da própria presidente Dilma Rousseff no sentido de promover a soltura de réus presos na operação”, afirmou Delcídio na delação, segundo a revista.

Cardozo deixou esta semana o ministério alegando sofrer pressões do PT.

Na delação, Delcídio teria citado também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e detalhado os bastidores da compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras.

As primeiras revelações do ex-líder do governo fazem parte de um documento preliminar da colaboração.

Nessa fase, o delator indica temas e nomes que pretende citar em seus futuros depoimentos após a homologação do acordo.

Delcídio foi preso no dia 25 de novembro do ano passado acusado de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e solto no dia 19 de fevereiro.