Foto: Moreira Mariz/Agência Senado Estadão Conteúdo - O senador Telmário Mota (PDT) foi sorteado, na tarde desta quarta-feira, 2, o relator do processo contra Delcídio Amaral (PT-MS) no Conselho de Ética do Senado.

O senador é o atual vice-líder do governo, cargo que já ocupava quando Delcídio era o líder na Casa.

Ele também foi um dos 13 senadores que votaram contra a manutenção da prisão do petista em novembro do ano passado.

Telmário negou que o cargo de vice-líder do governo possa interferir em sua atuação como relator. “O nosso trabalho de líderes é em prol do Senado, não tínhamos cumplicidade de atos ou relações”, afirmou.

Quando questionado sobre sua relação com o senador Delcídio, ele respondeu apenas que mantinham uma relação de “respeito”.

LEIA TAMBÉM: > Delcídio mandará carta renunciando presidência da CAE e PT escolherá Gleisi > Senado vai protelar decisão sobre Delcídio do Amaral > OAB quer que Senado afaste Delcídio do Amaral das atividades Ele também negou que o fato de ter votado pelo fim da prisão de Delcídio tenha relação com o julgamento que será feito agora no Conselho de Ética. “Eu entendi que a prisão dele não foi feita dentro da legalidade, porque, na época, nem investigado ele estava sendo.

Agora é uma outra situação.

O julgamento aqui não é do crime, mas se esse procedimento feriu o decoro”, afirmou.

Telmário defendeu a agilidade do processo e discordou que o Senado precise esperar encaminhamentos do Supremo Tribunal Federal (STF).

Como mostrou o jornal O Estado de S.Paulo, este entendimento foi dado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na semana passada e se espalhou entre membros do Conselho. “Essa é opinião do presidente, a gente respeita.

Mas a Casa vai andar, nós vamos dar uma resposta”, defendeu Telmário.

O advogado de Delcídio, Gilson Dipp, também informou que o objetivo da defesa não era pedir o adiamento do processo. “Os argumentos foram colocados alegando que ele não pode ser cassado Mas nós não queremos esperar, não pedimos nenhuma suspensão do processo.

Queremos que seja julgado”, afirmou.