Condenado a 16 anos de prisão na Operação Lava Jato, o ex-presidente e sócio da empreiteira OAS, Léo Pinheiro, decidiu fazer um acordo de delação premiada.

Segundo a Folha de S.Paulo, o empresário deve relatar casos envolvendo o ex-presidente Lula, entre eles, as reformas do tríplex no Guarajá e do sítio de Atibaia, em São Paulo.

A expectativa é que a delação seja a mais reveladora da Lava Jato até o momento.

Outros executivos da OAS também vão participar do acordo.

Ao todo, 40 pessoas colaboram com as investigações.

O empresário era um dos empreiteiros mais próximos de Lula e de políticos de Brasília.

A negociação de delação está sendo feita com a Procuradoria Geral da República (PGR), em Brasília.

LEIA TAMBÉM: > OAS tentou influenciar em julgamento do TCU > Dirigentes da OAS trocaram mensagens sobre reformas para Lula, diz revista > Ex-presidente da OAS enviava gravatas, lenços e kits de churrasco para agentes políticos No último mês, reportagem da revista Veja mostrou que Pinheiro trocou mensagens por telefone com um funcionário da empresa a respeito das reformas dos imóveis relacionados ao ex-presidente.

Procuradores que investigam o caso acreditam que a “madame” mencionada na troca de mensagens seria a mulher de Lula, Marisa Letícia, e que o “chefe” seria Lula.

A estimativa da Polícia Federal é que tenham sido apreendidas cerca de 80 mil mensagens, muitas delas comprometedoras para o executivo.

Além de esclarecimentos sobre Lula, segundo a Folha, Pinheiro contará que pagou R$ 717 mil para dívidas da campanha de Dilma Rousseff de 2010 para a agência Pepper.