Dilma fez uma retrospectiva de sua trajetória política, lembrou o início de sua militância no PDT e fez uma análise do momento atual do País. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil) Estadão Conteúdo - Em jantar na noite dessa terça-feira (1º) com parlamentares do PDT, a presidente Dilma fez um discurso considerado “longo, mas necessário”, no entanto, não conseguiu garantir apoio a temas considerados fundamentais para o governo como a recriação da CPMF e a reforma da previdência.
Durante o jantar, Dilma fez defesa das pautas econômicas, da Petrobras e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Ela falou da importância da CPMF, mas o partido não se comprometeu, ficamos de debater o tema internamente na bancada”, afirmou ao Broadcast Político o líder do PDT na Câmara, Weverton Rocha (MA).
Em relação a reforma da Previdência, que também foi defendida pela presidente no jantar, o líder do partido na Câmara disse que os parlamentares externaram a opinião de que não é o momento para se tratar do tema. “Fizemos esse apelo”, afirmou.
O ministro André Figueiredo (Comunicações), que é deputado licenciado do PDT, afirmou que o jantar foi basicamente uma reunião de integração. “A presidente se mostrou muito à vontade para discutir temas importantes para a governabilidade”, afirmou O processo de impeachment, que está em curso na Câmara, foi abordado rapidamente. “Nos reiteramos que somos contra o impeachment, pois temos a clareza de que na forma que foi construído é uma tentativa clara de golpe branco”, disse o líder do partido.
Dilma também fez uma defesa da Petrobras e reforçou a força e independência das instituições nas investigações da Operação Lava Jato.
Os parlamentares inclusive fizeram uma breve fala contrária ao projeto recém-aprovado no Senado, que irá para a Câmara, que retira a obrigatoriedade da Petrobras de ser operadora única e ter participação mínima de 30% na exploração da camada do pré-sal.
O presidente do PDT, Carlos Lupi, fez uma fala - segundo presentes - radicalmente contrária ao projeto aprovado no Senado. “O partido não vai de maneira alguma participar e assinar embaixo de qualquer debate que seja a saída da Petrobras, até porque a crise também é dos baixos preços do barril do petróleo, e essa crise não é pra sempre”, disse um deputado.
Segundo relatos, Dilma não opinou diretamente sobre o tema, mas “o sentimento” foi de que ela não permitirá que a Petrobras perca seu protagonismo.