Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil A substituição do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em plena Operação Lava Jato vem sendo fonte de preocupação dos delegados da Polícia Federal.
A partir da próxima quinta (3), o ex-procurador-geral de Justiça da Bahia, Wellington César, assume a pasta.
O novo ministro foi indicado ao cargo pelo ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, citado na Operação Lava Jato.
A categoria encara com preocupação os rumores de que Cardozo pediu para deixar o Ministério da Justiça devido às pressões que vinha sofrendo do PT. “O ministro já tinha se manifestado diversas vezes que estava sofrendo pressão por parte de aliados políticos e grandes empresários no sentido de controlar as investigações da PF”, disse o vice-diretor da Associação de Delegados da PF em Pernambuco, Alan Cordeiro, em entrevista ao Blog.
LEIA TAMBÉM: > Advogados públicos discordam de escolha de Cardozo para AGU > Posse de novo ministro da Justiça deve ocorrer na quinta > Novo ministro da Justiça se disse contra ‘plena hegemonia’ da polícia em investigações > José Eduardo Cardozo deixa ministério da Justiça e assume AGU Para ele, a renovação na pasta é bem-vinda, visto que Cardozo estava há cinco anos no cargo, mas o momento turbulento em que foi feita, em meio a escândalos de corrupção, preocupa. “Quem entra é uma pessoa que, independemente da origem, está ligada ao grupo político do ex-presidente.
A gente não está afirmando que ele virá com a missão de controlar e impôr rédeas nas investigações, mas, naturalmente, ficamos apreensivos com essa possibilidade”, ressaltou Cordeiro. https://youtu.be/ABtii5Qvbjk “Nosso temor é que realmente haja um plano de limitação da PF.
Ainda é prematuro afirmar isso, mas há essa preocupação, porque as circunstâncias que envolvem a saída do ministro Cardozo mostram que ele sofreu muita pressão para controlar a PF”, completou o delegado.