Foto: Alessandro Dantas/Liderança do PT O novo líder do Governo no Senado, Humberto Costa (PE), declarou nesta terça-feira (1º) que a mudança ministerial promovida pela presidente Dilma Rousseff não mexe com o funcionamento de instituições autônomas e independentes, como a Polícia Federal, o Ministério Público e o próprio Poder Judiciário.
Humberto afirmou, em discurso feito na tribuna do Senado, que é de uma “má-fé atroz imaginar que a operação Lava Jato, integrada e tocada de forma livre por instituições sem quaisquer interferências do Executivo, possa sofrer algum tipo de prejuízo porque houve uma troca de ministro da Justiça”.
Segundo ele, o mal-estar que alguns querem causar com a substituição de José Eduardo Cardozo pelo procurador Wellington César Lima tem de ser dissipado. “Todos fiquem tranquilos porque não há ações administrativas que ponham rédeas ou freios em atividades legais em curso, quaisquer que sejam elas”, disse.
O parlamentar considera que as razões pessoais de Cardozo, o mais longevo ministro no período da redemocratização do país, não dizem respeito à pasta, que segue funcionando sem qualquer sobressalto. “As pessoas passam, as instituições ficam”, observou.
O senador ressaltou ainda que os governos do PT foram os responsáveis por criarem mecanismos e darem autonomia às instituições para um combate implacável à corrupção.
Ele citou o respeito à lista tríplice para a escolha do procurador-geral da República e a criação da Controladoria-Geral da União e do Portal da Transparência.
Também lembrou o trabalho recorde feito pela Polícia Federal.
Desde 2003, quando Lula assumiu a Presidência da República, a PF realizou mais de 2,2 mil. “Portanto, restem em paz porque tudo seguirá funcionando da forma livre e independente como sempre funcionou.
Não são e nunca foram práticas do nosso governo engavetar processos, desrespeitar ou amordaçar órgãos de qualquer natureza”, afirmou.
O senador acredita que o País chegou a um ponto de maturidade de suas instituições democráticas em que é inaceitável qualquer tipo de retrocesso. “E todos têm de entender isso, sejam de partidos do governo, sejam da oposição”, comentou.