Avenida Beira-rio.
Foto: Foto: Edmar Melo/ Arquivo JC O projeto final da Beira-Rio do bairro das Graças, na Zona Norte do Recife, será apresentado aos moradores do local nesta segunda-feira (29), às 19h, no Palácio dos Manguinhos.
O projeto, localizado entre as pontes da Torre e da Capunga, modificou a ideia inicial de quatro faixas de rolamento para carros e agora prevê a construção de um corredor para pedestre e ciclistas nas margens do Rio Capibaribe, da Várzea à Boa Vista, com praças, brinquedos infantis, passarelas e mirantes.
O conceito do Parque Capibaribe é iniciativa desenvolvida pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, por meio de uma parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Segundo a secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife, Cida Pedrosa, serão investidos R$ 22 milhões, oriundos da um empréstimo junto à Caixa Econômica Federal. “O projeto da antiga Beira-rio, que já tinha recursos de R$ 57 milhões, foi revisto para o Parque Capibaribe.
Como o outro previa quatro faixas em cima do rio, o valor era maior.
Esse é um projeto ligado à ciclofaixa e ciclovia, então o valor é menor”, explicou.
Ainda de acordo com ela, está marcara uma reunião com o Ministério das Cidades nesta terça (1º), em Brasília, para discutir o investimento. “Estamos indo para Brasília amanhã para discutir essas questões com o Ministério das Cidades, que antecedem a discussão com a Caixa, pois é uma verba do PAC Pavimentação do Ministério com financiamento da Caixa”, acrescentou.
As obras do Parque Capibaribe devem ser iniciadas ainda neste ano.
O projeto total do Parque Capibaribe abrange uma extensão de 30 quilômetros e contempla as duas bordas do curso d’água.
O objetivo é transformar o rio em um elemento estruturador da cidade, permitindo a melhor mobilidade e acesso a áreas de lazer.
Além das Graças, o projeto básico de outro trecho “piloto” do parque está pronto e já possui um orçamento estimativo de R$ 60 milhões.
Ele fica entre o Parque Santana e a ponte da Torre, representando uma extensão de aproximadamente quatro quilômetros.
Para lá, estão previstas duas passarelas sobre a água, píer, calçadas amplas, ciclovia, diversos espaços de contemplação e playgrounds. “Com todas essas informações em mãos, iniciamos agora um processo de captação de recursos para tirar mais trechos da iniciativa do papel, especialmente junto a financiadores internacionais”, adiantou Cida Pedrosa.
O plano geral do parque indica uma área de influência de 7.250 hectares, envolvendo 400 mil pessoas.
Também, vislumbra a implantação total de 12 novas pontes para uso de pedestres e ciclistas; o aumento da área verde pública dos atuais 0,7 m2 para 20 m2/hab até 2037; a criação de passeios, ruas parques, alamedas e vias verdes; a criação de 44,62 km de vias clicáveis e de pedestres até 2020; e a preservação de uma área, na Torre, usada pelas capivaras para reprodução.