Foto: Divulgação O líder da Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Silvio Costa Filho, denunciou as obras inacabadas dos habitacionais Sérgio Loreto e Vila Brasil I, no bairro de São José e na Ilha Joana Bezerra, respectivamente.
O parlamentar visitou os locais neste fim de semana e teceu duras críticas à gestão do prefeito do Recife, Geraldo Julio.
Segundo ele, a Prefeitura do Recife não cumpriu metade do que prometeu na área habitacional: das 2.700 moradias anunciadas, faltam mais de 2 mil unidades a serem entregues.
Ainda de acordo com o deputado, boa parte das obras foi iniciada ainda na gestão do PT, quando o PSB comandava a Secretaria de Habitação.
Após as vistorias, Costa Filho afirmou que as unidades prometidas pela Prefeitura do Recife estão abandonadas, com a estrutura física se deteriorando, servindo apenas como “depósito” de lixo e entulhos. “O Sérgio Loreto e o Vila Brasil são exemplos de como a gestão do PSB deixa a população em segundo plano.
Esses habitacionais deveriam ter sido entregues no final de 2013, como anunciou a Prefeitura naquele ano, mas já estamos em 2016 e a população continua esperando esses conjuntos”, disse.
LEIA TAMBÉM: > Waldemar Borges diz que Silvio Costa Filho tenta mutilar a verdade por projeto político > ‘Se alguém usou a tática nazista de propaganda, foi o Partido Socialista Brasileiro’, rebate Silvio Costa Filho > Waldemar Borges compara Silvio Costa Filho a nazista > Estado já pagou R$ 8 milhões à Arena em 2016, denuncia Silvio Costa Filho A construção das 224 unidades do habitacional Sérgio Loreto foi orçada em R$ 7,2 milhões, dos quais R$ 4,71 milhões já foram transferidos pelo Ministério das Cidades para a Prefeitura do Recife. “Com os atrasos e a deterioração do que já foi feito, essa obra vai terminar saindo bem mais cara do que o previsto inicialmente.
Esse é mais um exemplo da falta de planejamento da administração municipal, uma marca das atuais gestões do PSB no Estado”, avaliou.
Já o Vila Brasil I tinha uma previsão de investimento de R$ 4,98 milhões para a sua conclusão, segundo licitação publicada pela Prefeitura em novembro de 2013. “No caso do Vila Brasil, além de frustrar a expectativa de 128 famílias que hoje moram em palafitas, esse atraso também compromete as obras do projeto de Navegabilidade do Rio Capibaribe, que depende da acomodação dessas famílias para dar sequência aos serviços de dragagem”, lembrou o deputado.
O líder da Oposição aguarda que a Prefeitura do Recife preste contas à população e explique porque deixou de lado o programa habitacional do município. “É fundamental que essa questão seja colocada na ordem do dia do município, tendo em vista os grandes desafios que se tem nessa área.
Petrolina, por exemplo, com uma receita equivalente a 12% do orçamento recifense, chegou à marca de mais de 8 mil moradias entregues à população, através do Programa Minha Casa, Minha Vida.
Porque o Recife não consegue viabilizar seus projetos, já que os dois habitacionais visitados já tiveram recursos do Ministério das Cidades liberados”, questionou.