Quem acompanha de perto as movimentações do PT no Recife conta que a vereadora Marília Arraes entrou no partido pelas mãos de Humberto Costa e que sua função será ser uma espécie de plano B, para as eleições municipais deste ano, caso o ex-prefeito João Paulo desista da missão. “O jogo é o seguinte: João Paulo dá sinais de que está com medo de sair da Sudene, para concorrer, mas quer tudo menos ver João da Costa postulando o cargo.
Se João Paulo não for candidato, Marília Arraes seria apresentada como candidata pela legenda.
Se ex-prefeito encontre coragem, ela seria candidata a vice, em uma chapa puro sangue, caso o PT não consiga fazer chapa com nenhum partido”, afirma uma fonte do blog.
A indicação da jovem ex-socialista passaria até pela estatal Hemobras. “Marília Arraes sabia que dificilmente se reelegeria no PT, pois tem nomes como Jurandir, Jairo.
Já Humberto Costa tem interesses na Hemobrás, onde indicados do PT foram presos recentemente (na Operação Pulso).
O pai de Marília (Marcos Arraes) virou presidente interino da Hemobrás e Humberto Costa luta para oficializá-lo no cargo.
Foi um gesto de Humberto e do PT com Marília, atraída para o partido com a promessa de que Humberto Costa e seus seguidores votariam nela para vereadora”, observa a mesa fonte do blog.
As digitais do senador Humberto Costa poderiam ser verificadas pela presença do presidente do PT no Estado, Bruno Ribeiro, nome ligado ao senador.
Ele apareceu ao lado da ex-socialista na foto em que o ex-presidente Lula abona sua ficha de filiação no ar, no encontro do Rio de Janeiro, neste final de semana.
De acordo com essa mesma fonte, os problemas podem acontecer na interlocução com o diretório municipal do Recife. “Não combinaram com os russos.
A turma mais antiga do partido está furibunda, não admite que seja ela”.