Foto: José Cruz/ Agência Brasil Estadão Conteúdo - Um dia após as comemorações do aniversário do PT, líderes do partido negaram a existência de um processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff em relação à sigla.
Mesmo com a ausência da mandatária no evento, os petistas disseram que o partido continuará sendo a principal base de sustentação do governo no Congresso, mas que ainda assim não abandonará suas convicções.
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O dirigente disse que o PT compõe a coalizão como qualquer outro partido e que tem direito a divergir das posições do Palácio do Planalto.
Por ser a bancada mais fiel ao Executivo nas votações, Guimarães acredita que o PT tem autoridade para propor sugestões e caberá ao governo decidir se acolhe ou não as posições do partido. “Isso é normal”, emendou. » Paulo Câmara dá nota ‘perto de zero’ ao governo Dilma » Dilma diz em carta que é solidária a Lula e tem orgulho do PT » TSE atende PSDB e pede investigação de 7 empresas da campanha de Dilma Ele lembrou que foi aprovada uma resolução reiterando o apoio do PT a Dilma e destacou que a preocupação é com a manutenção do projeto petista de governo e não com os indivíduos. “É o projeto que está em jogo”, resumiu.
Os petistas passaram o domingo rechaçando a crise entre o partido e a presidente da República e reiterando que sua ausência foi uma mera questão de incompatibilidade de agenda.
Oficialmente, Dilma deixou de participar do encontro petista por estar em viagem ao Chile. “Não existe distanciamento nenhum”, repetia o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA). » Aécio Neves diz que crise tem nome e sobrenome: Dilma Rousseff » Agenda oficial não prevê presença de Dilma no aniversário do PT » Silvio Costa diz que plano econômico do PT é desserviço ao governo Dilma O parlamentar criticou a “celeuma despropositada” criada entre a presidente e seu partido e destacou que não haverá mudanças no empenho dos petistas na defesa da pauta governista, pelo contrário, haverá disposição do partido em trabalhar pela estabilidade política.
Florence avalia como legítima a divergência de posições entre os partidos governistas e o próprio Executivo e sinalizou que em algumas circunstâncias o PT poderá se opor ao posicionamento do Planalto. “Pode haver algum momento em que o PT não esteja com o governo.
Sempre pode ter algum momento”, afirmou.