Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil Os delegados da Polícia Federal manifestaram “extrema preocupação” com a iminente saída do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, do cargo, sobretudo, por temer que a mudança possa influenciar “a pouca, mas importante, autonomia” da PF.

LEIA MAIS: » Dilma avalia nomes antes cotados para a AGU na substituição de Cardozo » Dilma tenta manter Cardozo, agora na Advocacia Geral da União Em nota, a categoria destaca que “os delegados da Polícia Federal receberam com extrema preocupação a notícia da iminente saída do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em razões de pressões políticas para que controle os trabalhos da Polícia Federal” e “reiteram que defenderão a independência funcional para a livre condução da investigação criminal e adotarão todas as medidas para preservar a pouca, mas importante, autonomia que a instituição Polícia Federal conquistou”.

Os delegados também ressaltam que, nesse cenário de grandes incertezas, “se torna urgente a inserção da autonomia funcional e financeira da PF no texto constitucional”.

A nota é assinada pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, que ainda pede no documento “apoio do povo brasileiro para defender a Polícia Federal”. » José Eduardo Cardozo decide deixar o ministério da Justiça » Cardozo: PF vai investigar FHC se houver indício de delito A decisão de Cardozo de deixar o governo foi tomada neste domingo, 28.

A amigos, ele confidenciou não suportar mais a pressão do PT, seu partido, agravada depois que a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, passou a investigar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Diante da decisão do ministro, a presidente Dilma Rousseff está tentando mantê-lo em outro cargo no governo.

Uma das possibilidades é a transferência do ministro para a Advocacia-Geral da União (AGU), uma vez que o atual titular da pasta, Luís Inácio Adams, está de saída da equipe.

CONFIRA A ÍNTEGRA DA NOTA: Os Delegados da Polícia Federal receberam com extrema preocupação a notícia da iminente saída do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em razões de pressões políticas para que controle os trabalhos da Polícia Federal.

Os Delegados Federais reiteram que defenderão a independência funcional para a livre condução da investigação criminal e adotarão todas as medidas para preservar a pouca, mas importante, autonomia que a instituição Polícia Federal conquistou.

Nesse cenário de grandes incertezas, se torna urgente a inserção da autonomia funcional e financeira da PF no texto constitucional.

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal permanece compromissada em fortalecer a Polícia Federal como uma polícia de Estado, técnica e autônoma, livre de pressões externas ou de orientações político-partidárias.

Contamos com o apoio do povo brasileiro para defender a Polícia Federal.