Um dia após o ato dos servidores municipais do Recife em defesa do aumento salarial e do secretário de finanças admitir em audiência pública que não terá condições de negociar aumento, como já havia dito em nota oficial o governo municipal, o líder da oposição na Câmara do Recife, Osmar Ricardo (PT), cobrou, nesta sexta-feira, 26, a redução de comissionados e das gratificações para auditores. “A PCR se esquiva de dar aumento real aos servidores, mas tem um grande quadro de comissionados e servidores temporários”.

Segundo o petista, hoje, conforme levantamento do Portal da Transparência da PCR, entre comissionados e temporários, o quantitativo chega a aproximadamente 3 mil funcionários.

Na sua avaliação, isto incha a máquina e não promove aumento real aos servidores de carreira. “Se considerar com os postos de trabalho extra-quadro - que não tem vínculo empregatício com a gestão - o inchaço é ainda maior chegando a aproximadamente 8 mil servidores sem serem concursados.

Isso é um desrespeito com os servidores.

O prefeito tem que reduzir o número de comissionados.

Esses cargos estão servindo de cabide eleitoral", disse.

O líder da oposição também cobrou a extinção dos 100% de gratificações para os auditores fiscais que a prefeitura vem concedendo. “Para os servidores não pode dar aumento, mas pode aumentar em 100% as gratificações dos auditores?”, questionou. “É muita contradição da gestão não sinalizar positivamente para os servidores, que representam o maior capital humano de trabalho da PCR, mas conceder benefícios a uma parte como, por exemplo, nomear a filha do ex-governador Eduardo Campos, Eduarda, para assumir a gerência do Instituto Pelópidas Silveira, saltando dos R$ 350 enquanto estagiária para aproximadamente R$ 5 mil.

Essa é a nova política da meritocracia?", questiona.

Ele promete não dar descanso a gestão enquanto o aumento não for concedido a categoria.

Na próxima semana os servidores deverão deflagrar greve.