Nesta quarta-feira, na coluna JC Negócios, Fernando Castilho cita artigo no jornal Valor Econômico, de Antonio Delfim Neto.

Delfim, citando o sociólogo americano William Isaac Thomas (1863-1947), diz que parte da nossa incapacidade de enfrentar essa crise está no que chama de corporativismo fantasiado de “esquerda”, que defende as vantagens extraídas da maioria despercebida.

E que se o Executivo não enfrentar e se livrar dessa oposição interna e reassumir o protagonismo, estaremos condenados pela Lei de Thomas a sentar e esperar!

Pois bem.

As Centrais Sindicais apertam o cerco contra a reforma previdenciária.

Na avaliação dos sindicalistas, ela pode significar restrição de direitos a quem entrar no regime geral a partir das mudanças.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) divulgou na segunda (22), em seu site, nota oficial defendendo o fortalecimento da Previdência Social pública, universal e com controle social, o que na prática significa manter o status quo e privilégios impagáveis.

Segundo o texto, a Central – apesar de alinhada ao governo – “rechaça toda e qualquer mudança na Previdência Social que venha a retirar direitos para as atuais e futuras gerações de trabalhadores em nosso País”.

A nota rejeita principalmente a criação de idade mínima, equiparando as regras entre homens e mulheres e entre trabalhadores rurais e urbanos.

A União Geral dos Trabalhadores (UGT) também criticou a proposta.

O presidente da Central, Ricardo Patah, escreveu texto para o jornal Folha de S.Paulo defendendo claramente a manutenção das atuais regras. “Posso garantir desde já que nós, da UGT, somos contra qualquer proposta que penalize trabalhadores”, diz.

A Força Sindical anunciou que vai se reunir com as demais Centrais Sindicais, visando intensificar a luta contra a retirada de direitos.

O plano forcista é realizar paralisações nas fábricas, manifestações e greves.

A primeira manifestação conjunta deve ocorrer dia 1º de março, na Avenida Paulista.