Nesta segunda-feira, 22, o lider da oposição na Câmara do Recife, Osmar Ricardo (PT), avaliou como “vista grossa feita pelo Palácio do Campo das Princesas” e disse que o comportamento demonstra o quanto ao governador não liga para o que a opinião pública pensa. “Diante da grande polêmica gerada com a nomeação do jovem João Campos para a chefia de gabinete, nas redes sociais, uma enxurrada de críticas vem sendo deflagrada pela população recifense.
No entanto, o comandante do estado, Paulo Câmara (PSB) não dá nenhuma sinalização que iria rever a posição”. “Essa é uma gestão voltada para os ricos.
Quem admite o João é porque de uma forma ou de outra tem as mesmas regalias.
Agora, com a grande parte da população que se mostrou revoltada, ele não está nem ai”.
Segundo Osmar Ricardo, diante da repercussão negativa que vem passando o governo, o minimo que se deveria fazer era revogar a decisão.
Ele alerta que o poder Legislativo e Executivo já vem passando por uma crise moral e ética. “Situações como essa só pioram a credibilidade”, avalia.
Na sua peroração, o vereador também tentou jogar os servidores contra Geraldo Julio, com a argumentação de que, enquanto os servidores não tem aumento, auditores recebem 100% de gratificação. “Enquanto a prefeitura do recife se esquiva em conceder aumento salarial para os servidores alegando crise econômica e condicionando agora o aumento ao crescimento da receita, auditores diretamente ligados a gestão receberam gratificações em 100%”.
Segundo o petista, enquanto os servidores municipais pleiteiam aumento desde o final do ano passado, o prefeito Geraldo Julio (PSB) concedeu a uma pequena parcela do quadro de servidores a gratificação para não ter problemas com as contas.
O petista diz que esses servidores já são bem remunerados e a prefeitura cai no contraditório ao alegar crise, mas conceder gratificações em 100%. “Isso é um desrespeito com todos os servidores do município”, defendeu o líder da oposição e presidente do sindicato dos servidores municipais do Recife.
A categoria estava em estado de greve e decidiu paralisar as atividades na próxima segunda-feira.
Juntos, os servidores reivindicam 13,19% no aumento nos salários e mais 18,53% para o vale refeição.
A justificativa é que os índices buscam repor as perdas salariais diante de uma inflação em 2015 na ordem de 10,73%.