O vice-líder do governo Dilma (PT) na Câmara Federal, deputado Sílvio Costa (PTdoB), acusou, nesta terça-feira (23), a oposição nacional de “trabalhar contra” o Brasil e de apostar no “quanto pior, melhor”, no momento político e no desempenho da economia, visando apenas a conquista do poder.

Em debate em rede nacional de rádio (CBN), com o líder da minoria na Câmara, Pauderney Avelino (DEM-AM), o vice-líder do governo afirmou que o Congresso Nacional tem “responsabilidade pública” com o País e vai aprovar as reformas que a economia nacional precisa para retomar o crescimento.

Em resposta à indagação sobre se existe clima para a votação da pauta de reformas, e após ouvir Avelino pregar o impeachment e dizer que o governo não normalizará a economia, o vice-líder da maioria, Sílvio Costa, procurou tranquilizar a sociedade, o setor produtivo e os investidores internacionais assegurando que “não haverá” impeachment de Dilma, como quer a oposição. “Não vai ter impeachment.

O Congresso fará a reforma da previdência e os ajustes fiscais necessários para o País.

Quem quer continuar arengando e quer atropelar o Brasil é a oposição”, disse Sílvio.

Sílvio Costa tachou de “indigno” o comportamento da oposição de fazer campanha permanente contra Dilma e reagiu contra a tentativa de relacionar a prisão do marqueteiro das campanhas eleitorais, João Santana, com o governo e a presidente Dilma.

Em troca, Sílvio Costa relacionou acusações contra líderes da minoria no processo da Lava Jato e em outros casos que estão sob investigação do Judiciário, Ministério Público e Polícia Federal. “Dilma é uma presidente honrada.

A oposição não fala é das acusações de propina contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) na Lava Jato (na verdade já afastado nas investigações na semana passada por Teori, no STF) e em Furnas ou contra o líder do DEM, José Agripino, em Natal.

O PSDB recebeu recursos de campanha das mesmas empreiteiras nas eleições, mas, aí pode?

Para o PT é ilegal, para o PSDB é legal?

Toda campanha tem seu comitê financeiro.

Quem vai atrás de dinheiro é o comitê”, argumentou Sílvio Costa.