Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Estadão Conteúdo - Aliados do vice-presidente Michel Temer (PMDB) acreditam que a nova fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta segunda-feira, 22, e que tem como alvo o marqueteiro João Santana, pode ser a fagulha que faltava para reacender a discussão sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
LEIA MAIS: » Sou candidato à Presidência da República, diz Michel Temer » Temer: PMDB precisa ter a Presidência da República em 2018 » Protegendo seu mandato de cassação, Michel Temer apresenta defesa ao TSE O episódio, afirmam, deverá ter impactos tanto no Congresso como na opinião pública, já que Santana foi o responsável por comandar as campanhas do PT desde 2006, incluindo a da reeleição de Dilma em 2014.
Por outro lado, os peemedebistas reconhecem que o pedido de prisão de Santana também é um elemento novo no processo que corre no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que pede cassação tanto do mandato de Dilma como de Temer. » Em carta, João Santana diz que Brasil vive clima de perseguição » Decisão de prender marqueteiro ‘fecha’ ideia de Caixa 2, diz advogado do PSDB » João Santana renuncia a cargo em campanha presidencial na República Dominicana Esses mesmo aliados argumentam, porém, que ainda é cedo para fazer qualquer avaliação, mas dizem que o pedido de prisão de Santana aproxima Dilma do esquema de corrupção que desviou cifras bilionárias da Petrobras.
Apesar da opinião de aliados, o vice, por ora, deve se manter afastado da discussão sobre o impeachment.
Temer não quer ser novamente acusado de “conspirar” pela saída de Dilma do cargo, como aconteceu no fim do ano passado. » Lava Jato: Odebrecht diz que vai colaborar com autoridades » PSDB aponta falta de ‘argumentos consistentes’ em defesa de Dilma ao TSE » Ao TSE, defesa de Dilma acusa PSDB de ‘manejo temerário’ de ação na Justiça No Palácio do Planalto, o discurso é que o pagamento feito ao marqueteiro na disputa presidencial de 2014 foi legal e que as investigações da PF tem como foco tanto Dilma quanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.