O deputado Bispo Ossesio Silva (PRB) denunciou, nessa segunda (22), a situação de abandono dos mercados públicos do Recife.

Em pronunciamento durante a Reunião Plenária, ele cobrou do prefeito Geraldo Julio (PSB) o cumprimento de promessas de campanha, voltadas à recuperação de tais equipamentos, feitas durante as eleições de 2012.

Com base em reportagens, apontou situações de insegurança, sujeira, falta de conservação e de manutenção.

Ao fazer um apelo por melhorias, Silva ressaltou a importância dos mercados para o turismo, as tradições e a cultura nordestina, salientando que são espaços democráticos de convivência, além de sediar apresentações artísticas e oferecer opções de gastronomia.

O parlamentar citou problemas recorrentes nos mercados da Boa Vista, Madalena, Encruzilhada, São José e Água Fria. “Na campanha de 2012, uma das promessas de campanha era dar prioridade a estes espaços, reservando recurso no orçamento para fazer a manutenção.

Mas nada foi feito e os mercados, em sua maioria, vêm sofrendo com o abandono e o descaso da gestão atual.

Esperamos que o Governo municipal se sensibilize com essa situação”, disse o parlamentar.

Em aparte, o deputado José Humberto Cavalcanti (PTB) relatou sua experiência como secretário de Serviços Públicos do Recife, quando, segundo ele, teve a oportunidade de atuar na recuperação destes espaços. “É lamentável que equipamentos tão importantes se encontrem num estado deplorável”, expressou.

A deputada Priscila Krause (DEM) criticou a descontinuidade e o atraso do projeto de requalificação do mercado de Afogados e a falta de segurança no de São José. “Em janeiro, fui comprar material escolar na rua de São José e fomos surpreendidos por um pequeno arrastão nas imediações do mercado.

A população fica à mercê da desordem, da falta de investimento e da insegurança”, destacou.

O deputado Edilson Silva (PSOL) condenou a utilização da gestão dos mercados públicos como instrumento de barganha com cabos eleitorais, enquanto o deputado Sílvio Costa Filho (PTB) comparou a situação do Recife com a do mercado Municipal de São Paulo, sugerindo um modelo gerencial nos moldes de uma parceria público-privada.