Priscila Krause é uma das entusiastas das múltiplas candidaturas; apesar de ser de um partido da base do prefeito, ela engrossa a oposição a Geraldo Julio.
Foto: Cecilia Sá Pereira Por Franco Benites, do Jornal do Commercio Ainda não há um consenso na oposição se as múltiplas candidaturas são o melhor caminho para o embate com o prefeito Geraldo Julio (PSB) nas eleições de outubro.
Entre os principais pré-candidatos, no entanto, a maioria vê a estratégia com simpatia.
Para a deputada estadual Priscila Krause (DEM), que pretende entrar na briga eleitoral na faixa oposicionista embora pertença a um partido da base de Geraldo, quanto mais nomes melhor. “As múltiplas candidaturas possibilitam jogar a eleição para o segundo.
Se elas também se propuserem a discutir a cidade isso trará uma riqueza maior para o debate político”, avaliou.
Também integrante de um partido aliado do prefeito, mas efetivamente na oposição, o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) comunga da opinião de Priscila. “Na última eleição, se tivessem mais candidatos competitivos, eu teria ido para o segundo turno.
Acredito que é vantajoso para oposição”, disse.
O tucano se referiu ao pleito de 2012 quando ficou na segunda colocação.
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Defendemos essa estratégia independente da coloração partidária”, falou.
Se Silvio Costa Filho sair de cena, o beneficiado pode ser o presidente da Sudene, João Paulo (PT).
O petista foge de polêmica. “O PTB foi solidário ao PT, mas a gente também foi a eles. É prematuro amarrar uma decisão agora.
A ideia predominante, das múltiplas candidaturas, pode mudar”, disse.
Já o deputado estadual Edilson Silva (Psol) vê “mais do mesmo” na lista de pré-candidatos. “O fato de ter muitas candidaturas não quer dizer que você tem um leque de opções.
Boa parte das candidaturas é de partidos que já governaram a cidade e são responsáveis pelos problemas que nós temos”, opinou.
A reportagem do Jornal do Commercio procurou a direção do PSB-PE para saber até que ponto a estratégia das múltiplas candidaturas poderia atrapalhar ou facilitar a reeleição de Geraldo Julio, mas não obteve retorno.
Na visão do cientista político Maurício Romão, o maior número de candidatos competitivos pode representar risco para o atual prefeito. “Um especto maior de candidaturas fraciona os votos e a eleição tem mais chances de ir para o segundo turno”, avaliou.