Foto: divulgação Por Marcela Balbino, do Jornal do Commercio O deputado federal Daniel Coelho (PSDB) deu ontem o pontapé inicial na pré-campanha para a Prefeitura do Recife.
Ele se reuniu com a cúpula do PSDB do Estado para tratar do planejamento pré-eleitorais e da construção de um programa visando a sucessão no Recife.
Segundo candidato mais votado nas eleições de 2012, o tucano trabalhou nas últimas três semanas para essa reunião.
Mais do que reforçar o capital político do deputado, a intenção do evento foi sinalizar que o parlamentar está se cacifando para entrar na disputa, apesar dos rumores de que ele poderia não lançar candidatura em função de uma interferência do PSB junto à cúpula nacional do PSDB.
Para os dirigentes tucanos no Estado, Daniel tem a confiança das direções municipal e estadual da legenda. “A garantia (da candidatura) já está dada.
Ele tem que se colocar e criar as condições políticas”, avaliou um membro do PSDB, em reserva.
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O Instituto Teotônio Vilela (ITV) ficará à frente do projeto.
As ideias, explica o tucano, não ficarão restritas ao Recife, mas vão perpassar as outras candidaturas na Região Metropolitana. “Cada município terá sua proposta, mas alguns problemas metropolitanos são comuns à maioria das cidades, como transporte e segurança”, explicou o deputado federal Betinho Gomes, cotado para a disputa majoritária no Cabo de Santo Agostinho.
Em 2012, Daniel era deputado estadual.
Agora, como federal, terá que se dividir entre Brasília e Recife.
Segundo ele, a proposta é intensificar as agendas durante os fins de semana. “A partir do meio de março, a ideia é fazer os primeiros eventos de pré-campanha e, em abril, ir às ruas, porque já terá encerrado o prazo de filiação.
Então, em abril, já terei agenda planejada, ações de rua focadas na eleição”, detalhou.
Quanto ao possível alinhamento com o PSB no Recife, Daniel afirmou que o assunto já foi “resolvido”. “Eu vou disputar a eleição”, cravou.
Sem citar nomes, o tucano comentou que a informação do apoio nacional do PSDB ao PSB era parte da estratégia do adversário para minar sua candidatura. “Aécio veio aqui, deu entrevista, disse que a nacional não ia interferir e que era um processo nosso. É assunto resolvido.” “O PSB é um partido que somos aliados estaduais, mas isso não nos impede de discutir as alianças locais e municipais.
Ele tem apoio partidário e o compromisso de Aécio Neves de não atropelar as esferas locais.
O fundamental é consolidar a candidatura.
Hoje ele deu o primeiro passo”, avaliou Betinho Gomes.
Bruno Araújo destacou a autonomia dada por Aécio Neves na definição das candidaturas, principalmente, nas capitais.
Na chapa proporcional, a projeção do partido é eleger entre cinco e seis vereadores.