Foto: Bernardo Soares/JC Imagem Em entrevista concedida à Rádio Jornal, na manhã desta sexta-feira (19), o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) alfinetou ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por não se defender das acusações sobre sítio e tríplex no Guarujá. “O que Lula precisa fazer é se defender e esclarecer algumas coisas.
O ex-presidente não pode dizer que qualquer denuncia é calúnia.
O Lula não está acima da lei.
Tem que falar do sítio sim, tem que falar do triplex sim”, disse Jarbas.
LEIA MAIS: » Promotor vai pedir revisão da decisão que suspendeu depoimento de Lula » Bumlai deve dizer que reformou sítio frequentado por Lula a pedido de Marisa Lula é investigado na Lava Jato por suspeitas de usar um sítio em Atibaia (SP) cuja reforma foi paga com dinheiro de empreiteiras investigadas na operação.
Já o Ministério Público de São Paulo apura se o ex-presidente seria o proprietário de um apartamento no Guarujá (SP) reformado pela OAS.
Lula nega o envolvimento nos casos e ainda que seja proprietário do imóvel. » Centenas de manifestantes pró e contra Lula protestam em fórum em SP » Liminar adia depoimento de Lula sobre tríplex Ao falar que Lula precisa se defender, Jarbas usou como exemplo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que está sendo acusado pela jornalista Miriam Dutra de usar empresa para bancá-la no exterior.
FHC negou o caso e disse que enviou recursos legalmente por contas declaradas ao IR.
Miriam Dutra receberia por meio de contrato fictício de trabalho. » Ex-amante diz a jornal que empresa ajudou FHC a bancá-la no exterior » Procuradores investigam antena da Oi em sítio de Atibaia Sobre o governo da presidente Dilma Rousseff, o peemedebista afirmou que ainda está no aguardo de uma renúncia da presidente. “Eu espero que um dia ela [Dilma] acorde e perceba que a situação é inviável.
Por isso, não descarto a possibilidade da renúncia.
Em 30 anos de política, nunca vi nada parecido com esse cenário”, ressaltou Jarbas. » Jarbas não vê nenhum deslize em nomeação de João Campos Quando questionado se o impeachment havia ’esfriado’, o deputado afirmou que o processo nunca esquentou e responsabiliza o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) pelo não andamento da impugnação. “Se Eduardo Cunha não tem condições éticas e morais para comandar a Câmara, imagine um processo de impeachment”, criticou Jarbas Vasconcelos.
Em relação ao correligionário Michel Temer (PMDB-RJ), Jarbas afirmou que o vice-presidente da República teve a possibilidade de ter o nome considerado quando a questão no impeachment, mas perdeu o fio da meada.
Agora, Jarbas afirma que, para o partido chegar ao Planalto, é preciso se separar do PT. “Não acredito que o PMDB pode abrir uma discussão sobre 2018 agora.
Junto do PT, ele não vai a lugar nenhum”, disse.