Sobre a queixa prestada pela Secretaria de Educação de Gravatá contra servidores, por supostamente, realizar o transporte precário de alunos em caminhão do tipo “pau de arara”, a professora Sunamita Oliveira, em nota enviada ao Blog de Jamildo, repudiou a atitude da Prefeitura de Gravatá de expor o nome e a imagem da educadora.
LEIA MAIS: » Gravatá presta queixa contra servidores por transportar alunos em “pau de arara” >Gravatá afirma que coordenação do MST aprova o reordenamento da rede escolar Desde que foi anunciada a decisão da Prefeitura de Gravatá, de realizar um reordenamento escolar uma queda de braço começou entre o Conselho Municipal de Educação e o grupo do interventor Mário Cavalcanti. » Conselho municipal de educação denuncia fechamento de escolas » Sobre fechamento de escolas, Gravatá diz que está fazendo reordenamento escolar Confira a íntegra da nota enviada por Sunamita: Vamos aos fatos: em primeiro lugar, não sou motorista nem tenho carteira de habilitação, o que torna impossível que eu realize o transporte de qualquer pessoa, inclusive o meu próprio.
Em segundo lugar: por favor, alguém me mostre onde estão as crianças em cima de um pau de arara.
Da mesma forma que há uma caminhonete, há um táxi ao lado.
O transporte estacionado no terreno da Associação de Agricultores pertence a familiares de crianças que sequer estão matriculadas na rede pública municipal, por decisão dos pais, até que saia uma definição e determinação da justiça acerca da extinção da escola Antônio Borges, forçando o deslocamento de crianças por mais de 10 km para outra localidade e unidade escolar.
As atividades, locomoção e cuidados com as crianças são de responsabilidades dos pais, conforme regulamenta o Estatuto da Criança e do Adolescente, portanto, não cabe a Prefeitura impor nem discriminar qualquer ação.
Os pais só podem ser responsabilizados quando comprovada negligência, o que não é o caso.
As crianças estão sendo contempladas com atividades socioeducativas, tal qual as crianças do Bairro Maria Auxiliadora.
Todas as crianças que participaram da atividade recreativa estavam com as mães, sob sua responsabilidade e sob os meus cuidados, como voluntária, através da ONG que presido, a CASEMA – Casa de Sonhos e Esperança Maria Auxiliadora, cuja atuação abrange todo o município.
Minha atuação se deu no contra turno das minhas atividades na Prefeitura, portanto, como cidadã, o que faço fora do meu horário de trabalho não diz respeito a gestão muito menos a Secretaria de Educação, até porque, não estou infringindo nenhuma lei, muito pelo contrário.
Estou lutando, como cidadã, como educadora, contra o descumprimento das Leis, a exemplo da Nº 12.960/2014 que afirma que para fechar escola é necessário a realização de estudo de impacto e diagnóstico, além da aprovação da comunidade escolar, e que a gestão não dispõe de nenhum destes elementos.
Sou uma cidadã livre.
O prédio não pertence ao município e está sob responsabilidade da comunidade.
A maioria das crianças se locomoveu a pé, até a Associação por residirem nas proximidades.
E três crianças que residem a 200 metros, foram comigo no táxi, junto com minha filha caçula de 07 anos.
Não é a primeira vez que recebo ameaças por cumprir com meu dever, como cidadã.
Temos advogados, que já foram notificados a respeito desta acusação feita a mim, que tomarão as devidas providências.
No mais, coloco-me a disposição para quaisquer esclarecimentos, reafirmando meu compromisso com a verdade, a justiça e pela manutenção do direito!
A Educação Liberta!!!
Sunamita Oliveira, presidente da CASEMA