Aprovados do último concurso da Controladoria Geral do Município (CGM), homologado em 26 de dezembro de 2014 ainda aguardam ser convocados para assumir as vagas.
Com 30 vagas previstas no edital, apenas 20 dos aprovados foram convocados de início.
Existem ao todo 50 cargos de analista de Controle Interno criados pela lei nº 17.977/14.
O grupo ainda não se decidiu por ingressar com ação na Justiça, mas estão angustiados já que gastaram dinheiro com a inscrição, tempo para os estudos e nada até agora.
Representantes afirmaram, ao Blog de Jamildo, que não querem favor político, mas ter seus direitos assegurados. “A felicidade com a aprovação não reflete o meu sentimento atual, marcado, hoje, por incerteza, por angustia e nenhuma previsão para a nomeação dos aprovados que ocupam vagas.
Não posso planejar meu futuro, pois a Prefeitura do Recife não nos dá um indicativo, com um cronograma que nos aponte o horizonte programado para as nomeações”, disse André Torres Lapa Santos, classificado para o cargo de analista de controle interno/finanças públicas.
O principal argumento dos que aguardam o chamado é que a Prefeitura precisa do serviço dos analistas, principalmente em momentos de crise, para cuidar das contas do município.
No ano de 2015, por exemplo, com 20 analistas, a CGM gerou uma economia de mais de 32 milhões de reais aos cofres municipais, dinheiro que poderia ser gasto com mobilidade, educação saúde e etc. “No contexto da crise econômica e fiscal, o equilibrio das contas públicas é imprescindível e a racionalização do gasto público fundamental para a execução das políticas públicas com eficiência”, diz um dos aprovados.
Com intuito de mostrar serviço, antes mesmo da convocação, os aprovados que aguardam a nomeação já elaboraram projetos de racionalização de gastos - para serem implantados tão logo ocorra a nomeação - e cuja economia deve ser de R$ 60 milhões.
Sob a tutela do controlador, Rafael Figueiredo Bezerra, a Controladoria Geral do Município (CGM) é o órgão integrante da Administração Direta do Poder Executivo, com autonomia funcional, que tem por finalidade maior auxiliar o Prefeito na defesa do patrimônio público, no controle interno, na prevenção e combate à corrupção, no incremento da transparência da gestão e na racionalidade dos gastos públicos.
A CGM conta com uma equipe formada por auditores, contadores, analistas de controle interno e servidores de apoio administrativo, responsáveis por exercer o controle interno das ações dos diversos órgãos da Administração Direta e Indireta, bem como de pessoas físicas ou jurídicas, entre estas as associações com ou sem fins lucrativos que recebam dinheiro público municipal.
Entre as principais atribuições da Controladoria estão: recuperação de créditos, redução de custos e adoção de procedimentos que tragam melhores resultados à gestão, seus programas e suas atividades, visando ao cumprimento dos quatro “E” do gasto público (eficácia, eficiência, efetividade e economicidade).
A meta é projetar o equilíbrio orçamentário e dar transparência às informações estratégicas sobre as contas do Município.