O presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo, anunciou que recorrerá ao Supremo para assegurar a autonomia do conselho.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Da ABr A reunião do Conselho de Ética da Câmara destinada a dar sequência à análise do processo disciplinar contra o deputado Eduardo Cunha, na tarde de hoje, está sendo pautada por polêmicas, propostas destinadas a atrasar o andamento do processo, recursos de vários tipos e discussões sobre o Regimento Interno da Câmara dos Deputados.
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Segundo ele, aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, têm atrapalhado o andamento do processo com manobras e recursos protelatórios, o que incluiu decisões da Mesa da Câmara.
O relator do processo, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), fez a leitura de uma complementação de voto, em função de declarações dadas em processo de delação premiada da Operação Lava Jato.
O advogado de defesa, Marcelo Nobre, rejeitou o complemento de voto.
Disse que não poderia ser incluído no processo por contrariar o Regimento da Câmara.
Para permitir melhor entendimento do caso, foi concedido pedido de vista coletivo.