Foto: Luis Macedo/ Câmara dos Deputados Estadão Conteúdo- O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), minimizou na noite desta quarta-feira, 17, a derrota de Hugo Motta (PR), candidato apoiado por ele na disputa pela liderança do PMBD na Casa.

Para Cunha, o resultado da votação não representa derrota nem vitória para ele ou para o governo. “Eu não perdi, pois não estava disputando.

Quando eu concorri nunca perdi.

Apenas apoiei o candidato com menos votos”, declarou Cunha, admitindo que errou o prognóstico da votação.

Motta perdeu a disputa para Leonardo Picciani (RJ), seu único adversário, por 37 votos a 30.

Houve dois votos em branco. “Eleição de Picciani não é vitória nem derrota de ninguém.

Eu diria que Hugo Motta é até mais defensor do governo, inclusive votou na presidente Dilma Rousseff”, disse o presidente da Casa.

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A derrota de seu candidato também não demonstra um enfraquecimento de sua influência no partido, diz Cunha. “Não estou nem nunca estive isolado na bancada do PMDB.” Em entrevista coletiva após a eleição, Cunha reconheceu a vitória de Picciani. “Na última votação, em 2015, foi uma vitória artificial porque houve apenas um voto de diferença.

Desta vez a diferença foi considerável.

Ele venceu”.

Questionado se acha que houve irregularidades na campanha por parte de Picciani, o presidente da Câmara afirmou que, se aconteceu, “certamente será uma questão de tempo para isso se tornar público”. “Eu não quero falar, não cabe a mim falar, porque não sou candidato.

Aí vocês têm que ir para o Hugo.

Se isso aconteceu, certamente vai se tornar público”.