Foto: Luis Macedo/ Câmara dos Deputados O deputado federal Leonardo Picciani foi reeleito a líder do PMDB na Câmara em votação nesta quarta-feira (17).

Foram 37 votos favoráveis a Picciani contra 30 para o deputado Hugo Motta, aliado do presidente da Casa Eduardo Cunha.

Dos 71 deputados aptos a votar, dois não votaram.

Além do apoio do governo, Picciani teve a seu favor a ampliação da bancada na Câmara com o retorno de titulares que ocupavam cargos no Executivo e foram exonerados para participar das eleições de hoje à tarde. É o caso de Marcelo Castro, que foi exonerado do cargo de ministro da Saúde somente para participar da votação.

Castro foi indicado para a pasta por Picciani nas negociações com o Planalto na última reforma ministerial.

Os deputados Pedro Paulo (RJ) e Marco Antônio Cabral (RJ), que são secretários no governo do Rio de Janeiro também deixaram seus postos para participar da eleição, com a missão de apoiar a recondução de Picciani.

LEIA TAMBÉM: > Picciani ganha três reforços externos na disputa pela liderança do PMDB > Eleição de líder do PMDB deve afetar impeachment > Eduardo Cunha critica Picciani e diz que Hugo Motta vencerá disputa na Câmara > Jarbas Vasconcelos critica tanto Leonardo Picciani como Hugo Motta A escolha da liderança da bancada do partido é uma das mais esperadas neste início de ano em função dos reflexos que o nome terá sobre as decisões na Câmara, entre elas a pauta de votações do governo e o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

A eleição de Picciani é entendida como favorável ao Planalto e enfraquece uma parcela do PMDB que defende o rompimento com o governo.

A escolha também pode ter impacto no destino de Cunha, que enfrenta um processo de cassação de mandato no Conselho de Ética.

Maior bancada na Câmara, o PMDB tem força sobre a tramitação de projetos importantes para o governo.

Além disso, também compete ao líder a indicação dos oito integrantes do partido na comissão especial que analisará o pedido de impedimento da presidenta.