Sem alarde, o clube Cabanga expulsou de seus quadros, nessa terça-feira (16), o ex-comodoro Cláudio Cardoso, acusado de ter promovido desvios de recursos da entidade.

O ex-comodoro perdeu até o título de sócio-benemérito.

Em uma reunião que contou com a presença de 40 conselheiros, dos 50 conselheiros do clube, 27 deles votaram pela expulsão, histórica. 12 conselheiros votaram pela suspensão, mas foram voto vencido.

Houve uma abstenção.

O ex-comodoro esteve presente e teve a oportunidade de se defender no inquérito interno realizado pela atual gestão, sob o comando do comodoro Jaime Monteiro. É a primeira vez que um ex-campeão mundial passa por situação semelhante, na área náutica.

O clube não deve se pronunciar oficialmente, uma vez que não deseja expor publicamente o empresário (calvo, no centro da foto. antes de pegar o microfone e fazer sua defesa). “Trata-se de um episódio lamentável, para a história do clube, mas era necessário dar essa resposta aos sócios.

Não houve proveito próprio, não há previsão de responsabilização penal, mas o desfalque existiu, foi comprovado por perícia e está sendo tratado como um problema disciplinar interno, uma irregularidade gerencial”, explicou uma fonte do blog.

Entenda a polêmica, que chegou a contar com lances de pugilismo, no ano passado Barraco em clube de luxo do Recife.

Eleição no Cabanga Iate Clube teve denúncias de desvios e agressões a comodoro Nem a brisa que corre fácil nos terraços do Cabanga Iate Clube foi suficiente para amenizar o clima quente que a entidade de bacanas viveu nos últimos meses.

As eleições deste ano foram marcadas por denúncias de desvios e favorecimentos à gestão atual e resultaram até em agressão física, logo depois da eleição.

O clima foi tão belicoso que o TJPE chegou a mandar um juiz para acompanhar o processo das eleições.

O Cabanga Iate Clube abriu as portas para receber os seus 850 sócios-proprietários para as eleições na quinta-feira, de tarde.

Na eleição, foram indicados os 50% do Conselho Deliberativo que irá gerir o clube pelos próximos dois anos.

A outra metade será escolhida em um pleito posterior.

O pleito foi disputado entre as chapas de situação (Avança Cabanga) e a de oposição (Renova Cabanga), que acabou ganhando.

A chapa de oposição era apoiada por boa parte dos sócios que denunciavam a atual administração.

Segundo eles, além de irregularidade na aprovação das contas, a atual gestão vinha se revezando há mais de seis anos no clube.

Para comprovar as supostas irregularidades, uma comissão designada pelo Conselho Deliberativo constatou que todas as reservas da instituição, na ordem de R$ 2,2 milhões, foram aplicadas – sem autorização do Conselho Deliberativo ou parecer da Comissão Fiscal do clube – na Corretora Corval, liquidada extrajudicialmente pelo Banco Central devido a fraudes em 2014.

As chances de reaver o montante são remotas.

Uma das queixas era de que nenhuma conta foi analisada pelo Conselho Fiscal em 2014.

Uma curiosidade que aguçou os ânimos no clube era referente a um patrocínio.

A mesma corretora Corval teria doado, em abril do ano passado, R$ 100.000,00 para patrocínio do veleiro Paturuzu na Regata Recife-Fernando de Noronha (REFENO).

A equipe era composta por ninguém menos que o atual diretor financeiro do Cabanga, Cláudio Cardoso. “Estranhamente o patrocínio ocorreu na mesma época da aplicação da verba na Corretora e cinco meses antes da REFENO.

Quem patrocina com tanta antecedência assim?”, questiona um dos sócios, que não deu murro em ninguém, mas bem que gostaria.

A agressão ao comodoro Marcos Antônio Costa Medeiros ocorreu depois da eleição.

Um sócio de nome Paulo, que deve ser expulso do clube, chamou o comodoro de ladrão, depois do pleito.

Medeiros devolveu a provocação, ensejando ocasião para o ataque.

Não há certeza de que a agressão tenha sido denunciada em delegacia da Polícia Civil.

Em sua defesa, Medeiros disse a aliados no clube que ele mesmo perdeu dinheiro na operação, depois de ter investido recursos próprios na corretora fechada pelo BC.

Comodoro do Cabanga Iate Clube confirma agressão e expulsão de sócio que o socou.

Prejuízo com especulação é jogado para antecessor