Foto: Reprodução da internet Da Agência O Globo O empresário Fernando Bittar, dono do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, colocou-se à disposição da Lava-Jato para prestar esclarecimentos.

Ao contrário do seu sócio na propriedade, Jonas Suassuna, Bittar não vai abrir mão dos sigilos fiscais, bancários e telefônicos no momento.

O criminalista Alberto Toron, que defende o empresário, explicou que ele vai apresentar apenas notas fiscais e documentos relativos ao sítio. — Bittar está à disposição da Polícia Federal para prestar os esclarecimentos necessários.

Meu cliente entregará documentos e notas fiscais necessários para esclarecer as polêmicas infundadas sobre sua propriedade — afirmou Toron.

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O Ministério Público de São Paulo e a Lava-Jato investigam se empreiteiras fizeram obras no sítio Santa Bárbara em favor do ex-presidente Lula.

A propriedade é composta por dois lotes: um do empresário Jonas Suassuna, que na segunda-feira abriu seus sigilos à Lava-Jato, e outro pertencente a Bittar, onde ocorreram as intervenções.

Os dois empresários são sócios de Fábio Luiz Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente.

Segundo a força-tarefa, a empreiteira OAS pagou pelas cozinhas planejadas instaladas pela empresa Kitchens no sítio de Atibaia e no tríplex do edifício Solaris, no Guarujá (SP), que teria pertencido a Lula.

O pagamento foi feito em dinheiro pelo ex-executivo da construtora Paulo Gordilho em março de 2014.

A nota fiscal, de R$ 28 mil, foi emitida em nome de Fernando Bittar.

Além da cozinha, foram entregues no sítio um refrigerador de R$ 9,7 mil, uma lava-louças de R$ 9,1 mil, um forno elétrico de R$ 10,1 mil e uma bancada de R$ 43 mil, totalizando R$ 130 mil.

A Lava-Jato também apura se a construtora Odebrecht participou da reforma na propriedade, como contou uma dona de uma loja de material de construção de Atibaia.

Após as obras, o sítio ganhou quatro novas suítes.