Dados da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção, ABRAMAT, indicam que tanto o faturamento das indústrias de materiais, quanto o número de empregos no setor permanecem em queda.

Os números apresentados em janeiro indicaram retração de 20,5% no faturamento em comparação com o mesmo mês de 2015.

Este é o vigésimo quarto resultado negativo consecutivo, levando em consideração esta base de comparação.

Já em relação a dezembro de 2015, janeiro indica pequeno crescimento, de 5%.

O cenário também é negativo no que diz respeito ao nível de empregos nas indústrias de materiais de construção.

Os números do primeiro mês do ano indicam queda de 8,9%, na relação com janeiro de 2015.

Já em comparação com dezembro de 2015, a queda indicada é de 0,3%.

As condições adversas que predominam desde o segundo semestre de 2015 permanecem tanto no segmento do varejo, quanto no das construtoras, agravadas pela forte intensidade das chuvas nesse inicio de ano, que prejudicam o andamento das obras.

Para o presidente da Abramat, Walter Cover, “o setor só vai observar uma reação no mercado a partir de abril ou maio”.

O executivo acredita que “a implementação de medidas de crédito para as indústrias de materiais de construção, a retomada do MCMV-Fase3, além das obras de infraestrutura, se de fato implementadas podem voltar a dar algum fôlego ao setor”.

Outro fator que pode contribuir para um cenário menos pior do que o apresentado em 2015 é a substituição de importações e o aumento das exportações, auxiliadas pelo câmbio.

A expectativa da ABRAMAT, neste primeiro mês do ano, para o faturamento deflacionado das indústrias de materiais de construção, em 2016, é de retração de 4,5% em comparação com 2015.