Dois últimos certames não atraíram interessados.
Na nova concorrência prefeitura mudou edital, retirando teto de R$ 80 milhões para emissão de debêntures.
Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR Por Mariana Araújo do Jornal do Commercio A Prefeitura do Recife vai lançar a terceira licitação da Companhia Recife de Desenvolvimento e Mobilização de Ativos (Recda).
O Diário Oficial do Município do sábado (13) trará o aviso de publicação.
O edital irá selecionar a instituição que vai coordenar e estruturar a operação de debêntures (títulos de dívida) da Prefeitura.
Os dois outros editais não conseguiram atrair interessados.
Para tornar o negócio atrativo ao mercado, a Prefeitura está realizando mudanças no edital.
A primeira delas é na classificação do ranking de risco de investimento, que cai de AA+ para AA-, seguindo as quedas registradas pelo País por agências de classificação internacionais.
A segunda é o valor de ressarcimento de investimentos em eventual frustração.
As despesas seriam pagas pela Recda.
Outra mudança no edital será a ausência de um teto.
No primeiro edital, a Prefeitura esperava arrecadar entre R$ 55 milhões e R$ 80 milhões com os ativos municipais.
No segundo edital, o valor foi mantido.
Mas neste terceiro, será colocado apenas o valor inicial, de R$ 55 milhões, sem o intervalo de ganhos. “Provavelmente as condições de mercado não estão sendo atrativas para esse tipo de operação nesse momento.
A gente está fazendo os ajustes para que ela se torne mais atrativa à situação atual que o Brasil está vivendo”, declarou ontem o prefeito Geraldo Julio, após a coletiva de balanço de carnaval. “Estamos otimistas com este edital.
A conjuntura econômica evoluiu muito rapidamente e tivemos que nos adequar à realidade econômica.
O que pesou mais foi a classificação do ranking de investimento”, disse o secretário de Finanças, Ricardo Dantas.
O valor de R$ 55 milhões é inferior ao que inicialmente a Prefeitura pretendia arrecadar com os debêntures.
Em setembro do ano passado, ao anunciar um pacote de enfrentamento à crise econômica, a Prefeitura esperava arrecadar R$ 60 milhões com os ativos.
A empresa terá um conselho administrativo de cinco membros, eleitos em uma assembleia, para geri-la.