Foto:Marcelo Camargo/Agência Brasil A defesa da presidente Dilma Rousseff tenta evitar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o uso de dados da Operação da Lava Jato como prova em um dos quatro pedidos de cassação de seu mandato em análise na corte.
Segundo a Folha de São Paulo, os advogados da presidente querem impedir a utilização de um relatório da Polícia Federal sobre diálogos do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, e um executivo da empresa, além de denúncias e sentenças ligadas às investigações do esquema de corrupção na Petrobras.
LEIA MAIS: » Dilma recebe notificação TSE para apresentar defesa em ação que pede impugnação » Lava Jato e oposição obrigam Temer a se unir a Dilma em defesa no TSE Os dados, enviados pelo juiz Sérgio Moro a pedido da Procuradoria-Geral Eleitoral, foram incluídos em uma das duas ações do PSDB que pedem a cassação do mandato de Dilma e do vice-presidente, Michel Temer.
Em sua delação premiada, Pessoa contou que foi persuadido pelo então tesoureiro da campanha de Dilma, o hoje ministro Edinho Silva (Comunicação Social da Presidência), a repassar R$ 10 milhões à reeleição da petista.
Segundo o empreiteiro, foram repassados R$ 7,5 milhões porque ele foi preso na Lava Jato. » Marina diz que Dilma não tem mais liderança e defende processo de cassação do TSE » TSE nega recurso contra investigação das contas de Dilma De acordo com a Folha, a relatora do caso, ministra Maria Thereza de Assis Moura, pediu ao PT, ao PSDB e à Procuradoria-Geral Eleitoral que se manifestassem sobre o assunto.
A defesa de Dilma alega que as delações não têm “pertinência” com o que se discute na ação eleitoral e são “provas emprestadas” sobre as quais não se garantiu o direito ao contraditório. » Rede de Marina estuda nova ação de impugnação de Dilma e Temer no TSE » TSE mantém relatora de ação contra Dilma e Temer Já o vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, posicionou-se pelo recebimento dos dados.
As denúncias e sentenças encaminhadas não constituem, em si, prova de qualquer dos fatos nelas referidos”, diz o representante do Ministério Público.