Desfile da troça Turma da Jaqueira Segurando o Talo em 2014.
Foto: Hélia Scheppa/ Acervo JC Dirigentes de agremiações carnavalescas da Zona Norte no Recife estão indignados com a falta de apoio da Fundação de Cultura da Prefeitura do Recife.
Segundo o presidente da Associação Carnavalesca da Zona Norte do Recife, Alexandre Beleza, mais de 10 agremiações de grande, médio e pequeno porte deixaram de colocar as suas troças na rua porque não tiveram o tratamento prometido pela Fundação às orquestras, aos trios e às bandas.
Os representantes dos blocos e troças da Zona Norte entendem que não está acontecendo uma sintonia entre a Secretaria de Governo da Prefeitura e a Fundação de Cultura do Recife. “O que é acordado na Secretaria de Governo é totalmente desprezado na Fundação de Cultura”, observa Alexandre Beleza.
A Associação Carnavalesca da Zona Norte do Recife ressalta que todas as agremiações da Zona Norte do Recife que não foram contempladas até agora pela PCR haviam cumprido as exigência da Fundação de Cultura, a exemplo do cadastramento no período estabelecido e participação em todas as reuniões agendadas na Fundação de Cultura, Polícia Militar e do pagamento das taxas das Dircons Regionais.
De acordo com a denúncia, no último dia 30, em Casa Forte, o cantor e compositor Carlinhos Monte Verde e a Banda Camelô deixaram de se apresentar nas troças Lagartos e Borboletas e Amigos da Praça porque os trios elétricos não compareceram ao local.
No mesmo dia, ainda segundo a denúncia, o Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco impediu a saída da frevioca na troça Turma da Jaqueira Segurando o Talo devido a um problema na atualização do atestado de regularidade.
Na segunda feira (1º), os problemas teriam continuado na troça Segura a Pomba, na Bomba do Hemetério; na terça, no bairro do Vasco da Gama, a frustração foi para os foliões da troça Trepeças do Vasco.
Na quarta-feira (3), os prejuízos e frustrações foram para as troças Mofodeu e Boneco de Piche.
Segundo o presidente da Comissão de Eventos de Apipucos, Walber Santos, a situação deste ano é das piores. “Não existe planejamento nenhum por parte da Fundação de Cultura do Recife e, no dia da saída da troça ou bloco, ninguém sabe se a agremiação carnavalesca foi contemplada ou não pela Prefeitura do Recife", diz. “Ainda ontem fazia pena ver a tristeza, o clima de revolta e desolação dos dirigentes da troça de mais de 60 anos, Urso Linguarudo.
Todos que procuram informação na Fundação de Cultura do Recife recebem a resposta de que a situação está no sistema.
Está na hora de criarmos o Bloco do Sistema”, criticou Valber.