Foto: Reprodução/Internet Da ABr Investigados na Operação Lava Jato, o ex-deputado federal Pedro Corrêa e o pecuarista José Carlos Marques Bumlai devem ser transferidos ainda hoje (5) da carceragem da Superintendência da Polícia Federal (PF) no Paraná para o Complexo Médico Penal (CMP), em Curitiba (PR).

A transferência foi autorizada pelo juiz Sérgio Moro, a pedido da própria PF, que alegou que o espaço ocupado por Bumlai e Corrêa é utilizado para abrigar presos provisórios ou custodiados.

Segundo a PF, a permanência na carceragem de qualquer pessoa detida pode comprometer a movimentação de outros presos e de eventuais operações.

LEIA TAMBÉM: > Advogado diz que Pedro Corrêa deve contar histórias terríveis de Lula > Pedro Corrêa negocia delação e cita Jaques Wagner e Aécio Neves > Em depoimento à PF, Pedro Corrêa diz que todo o dinheiro que tinha deu aos pobres Bumlai foi preso em novembro, em caráter preventivo, durante a Operação Passe Livre, 21ª fase da Lava Jato.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o pecuarista usou contratos firmados com a Petrobras para quitar empréstimos com o Banco Schahin.

Segundo os procuradores, depoimentos de investigados que assinaram acordos de delação premiada revelam que o empréstimo de cerca de R$ 12 milhões se destinava ao PT e foi pago mediante a contratação, em 2009, da Schahin como operadora do navio-sonda Vitória 10.000, da Petrobras.

Em dezembro de 2015, ele foi denunciado por crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva e gestão fraudulenta.

LEIA TAMBÉM: > STF mantém prisão preventiva de Bumlai > Acareação na PF reunirá Fernando Baiano e Bumlai > Bumlai confirma intermediação de palestra com Lula em Angola Pedro Corrêa foi condenado em novembro de 2015 a 20 anos sete meses e dez dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Corrêa foi acusado de receber R$ 11,7 milhões em propina decorrente do esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato.

Quando foi preso, em abril de 2015, durante a 21ª fase da Lava Jato, o ex-deputado cumpria prisão em regime aberto pela condenação na Ação Penal 470, o chamado processo do mensalão.

A Agência Brasil tentou contato com os advogados de Bumlai e do ex-deputado federal, mas não obteve retorno até a publicação da matéria.