Nos primeiros dias do ano, a economista Tânia Bacelar, ligada ao PSB, reclamou que a taxa de juros anual do Banco do Nordeste para financiar os investimentos, que devem priorizar pequenas e médias empresas com recursos do Fundo Constitucional (FNE), estava subindo mais de 70% (de 8,24% em 2015 para 14,12% em 2016), resultado de medida adotada na última reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Pois bem.
Governo Dilma manda BNB elevar taxas de juros para financiamentos com FNE.
Economista protesta O grupo Teixeira Duarte, de Portugal, que planeja investir na construção de um resort e projeto imobiliário em Porto de Galinhas, no terreno da antiga casa do governador, está encontrando dificuldades para financiar o projeto, no Banco do Nordeste (BNB).
Os juros altos, resultado da política econômica de contenção da inflação, acaba tendo como efeito colateral o retardo do projeto turístico, que poderia estar gerando empregos em Ipojuca.
As taxas giram hoje em cerca de 15% ao ano.
Nesta semana que passou, os executivos do grupo hoteleiro foram visitar o presidente do BNB, Marcos Holanda, para tentar a obtenção de financiamento e saíram frustrados.
A avaliação é de que não vale a pena porque, em um financiamento de 15 anos, caso a situação da economia seja revertida e as taxas de juros caiam, os tomadores de crédito ficam comprometidos com uma taxa elevada.
O grupo decidiu ir bater a porta do BNDES, em busca de melhores condições.
O pleito inicial para a primeira etapa gira em torno de R$ 150 milhões.
O projeto total, com a parte imobiliária associada, somaria cerca de R$ 700 milhões.
Realmente, uma pena que o projeto ainda não esteja de pé, depois de licitado ainda em 2006, uma vez que era hora de aproveitar a situação favorável para o turismo regional, em função do dólar alto.
A crise fechou a porta dos aeroportos internacionais para os brasileiros.
Com o real desvalorizado, o gasto dos brasileiros no exterior em 2015 caiu 32% em relação a 2014 –só em dezembro, a queda foi de 42%.
De janeiro a dezembro de 2015, o dólar subiu quase 50%.
Nova Yorque e Veneza ficaram cada vez mais longe.
Desperdiçamos oportunidades e depois culpamos as demais regiões por nosso atraso.
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