Por Osvaldo Matos de Melo Júnior Segundo estudos recentes mais de 51% do trafego de dados em toda internet é resultado de operações dos chamados robôs, que são programas e máquinas com rotinas automatizadas que protegem, monitoram, ajudam, informam, roubam, bloqueiam e fazem lá, sabe Deus, muito mais.
Ou seja, nada de seres humanos de carne e osso dos quase 2 bilhões de supostas pessoas conectadas, pouco mais de 1 bilhão é de possíveis robôs.
Como toda ferramenta tecnológica tem seu lado positivo e negativo, vamos ficar na questão das eleições, pois seria muita pretensão minha tentar explicar com toda riqueza técnica as imensas utilidades desses monstrinhos, ou anjinhos no mercado, na ciência, na gestão pública e privada, na prevenção e nas atividades criminosas.
O tom dessa eleição vai ser mais do que nunca a proximidade dos candidatos com os anseios do eleitorado, com sua comunidade e fatos que interferem no seu dia a dia.
Moramos nas cidades e é lá que somos assaltados, caímos em buracos, precisamos de atendimento médico, as crianças estudam, somos picados por mosquitos, vamos ao trabalho no trânsito caótico, praticamos esportes e curtimos horas de lazer.
Cada vez mais esse grito de socorro ou bronca são detonados na internet e conseguem ser amplificados como nunca.
Vereadores e prefeitos precisam aprender a usar essas ferramentas para melhor gestão das suas atividades e projetos.O crescimento da computação cognitiva, onde os robôs aprendem com os seres humanos, além de toda carga de programação o gestor ou legislador vai poder ter dados mais exatos de todos os acontecimentos local a local de qualquer assunto, tema, pessoas e falhas e até as receitas encontradas em outros locais para problemas semelhantes.
Nos Estados Unidos da América, já existem grandes avanços principalmente nos campos jurídico e médico.
Aqui algumas gestões usam os robôs nas assessorias de imprensa, no controle de ocorrências policiais, na fiscalização e até na prevenção, mas infelizmente ainda em raras exceções.
No caso das eleições, ferramentas estão disponíveis no mercado e também podem ser criadas para cada caso.
Os candidatos vão poder realizar pesquisas, antes de ir fazer campanha em um determinado lugar, ficar ciente dos problemas e preocupações e fatos que estão acontecendo e sendo comentados naquele momento, além da repercussão das suas atividades.
Mas, não fiquem com medo, pois, por mais evoluídos que esses robôs possam ser, quem desenvolve é o talento humano e as interpretações finais também são humanas.
Sendo assim vamos ver o lado bom dos robôs como aliados pra gente continuar colocando a boca na web, sempre que tiver algo que atrapalhe o seu direito e cidadania.
Osvaldo Matos de Melo Júnior é publicitário e sociólogo