Foto: Wilson Dias/Agência Brasil Estadão Conteúdo - A denúncia contra o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro pela Procuradoria-Geral da República, deve ser discutida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) antes do julgamento sobre o afastamento do parlamentar da Casa.
A informação é do ministro-relator da Operação Lava Jato na Corte, Teori Zavascki.
Na terça-feira, dia 2, ao chegar para sessão da 2.ª Turma do Supremo, Teori disse que há tempo hábil para colocar na pauta do plenário ainda neste mês a decisão sobre o recebimento da denúncia contra Cunha.
LEIA MAIS: » Eduardo Cunha diz que continuará no cargo mesmo se o STF torná-lo réu O ministro não descarta a possibilidade de levar para julgamento na mesma sessão a denúncia e o pedido de afastamento de Cunha, mas informou que a acusação terá prioridade.
Cunha e o Ministério Público Federal já tiveram oportunidade de se manifestar à discussão sobre o recebimento da denúncia.
Advogados do peemedebista pediram ao STF a suspensão do caso até a saída do parlamentar da cadeira de presidente da Câmara.] » Para Falcão, Eduardo Cunha perde condições de permanecer no cargo caso se torne réu » Eduardo Cunha tem usado o regimento para procrastinar processo, diz novo líder do DEM Cabe a Teori analisar as respostas, finalizar seu voto e pedir que o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, inclua a denúncia na pauta do plenário.
O relator deve se debruçar sobre os aspectos finais da acusação contra Cunha durante o carnaval.
Nesta primeira análise, o STF decide se aceita ou não a denúncia proposta pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Se a decisão for pela abertura da ação penal, Cunha se torna réu.
Caso contrário, o inquérito é arquivado. » Ministro do STF vê ‘precipitação’ de Eduardo Cunha em questionar rito do impeachment » Novo líder do PT critica decisão de Waldir Maranhão em processo contra Cunha Em agosto passado, Janot ofereceu denúncia contra o presidente da Câmara por suposto recebimento de US$ 5 milhões de propina para viabilizar a construção de dois navios-sonda da Petrobras.
Três dias antes do início do recesso do Judiciário, em dezembro do ano passado, Janot enviou ao Supremo o pedido de afastamento de Cunha da cadeira de deputado federal ou, ao menos, da presidência da Câmara.
As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.