Estadão Conteúdo - O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto permanecerá calado durante depoimento à CPI dos Fundos de Pensão da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 3, informou a defesa do petista.

A oitiva de Vaccari estava prevista para às 10 horas, mas foi adiada para o início da tarde, pois o voo particular que o traz de Curitiba, onde está preso, atrasou por causa da neblina e da greve dos aeroviários.

A autorização para que Vaccari fosse trazido a Brasília foi dada pelo juiz Sérgio Moro, que conduz os julgamentos dos envolvidos da Operação Lava Jato na primeira instância.

No despacho, o magistrado pediu que a defesa do ex-tesoureiro do PT se manifestasse para, caso Vaccari fosse permanecer em silêncio, o presidente da CPI, deputado Efraim Filho (DEM-PB), pudesse dispensar o petista.

Ontem, contudo, Efraim Filho negou o pedido de dispensa feito pelo advogado de Vaccari, Luiz Flávio D’Urso.

O ex-tesoureiro do PT está preso em Curitiba pelo seu envolvimento na Lava Jato.

Ele já foi condenado em primeira instância a 15 anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Além disso, terá de pagar multa de R$ 4,3 milhões.

Na CPI dos Fundos de Pensão, Vaccari foi convocado após seu nome aparecer em depoimentos de pessoas envolvidas em suposta manipulação na gestão dessas instituições.

Um desses depoimentos foi o do doleiro Alberto Youssef. À CPI, o doleiro disse ter ouvido falar que o ex-tesoureiro do PT era um dos operadores de alguns fundos de pensão, como Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa Econômica).

Além de Vaccari, estava previsto para esta quarta-feira o depoimento à CPI dos Fundos de Pensão de Lício da Costa Raimundo, diretor de investimentos da Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros).

O executivo, contudo, apresentou atestado médico, alegando problemas de saúde para não comparecer Ainda não foi marcada nova data para a oitiva.