Foto: Antonio Augusto / Câmara dos Deputados Apesar de considerar positiva a presença da presidente Dilma Rousseff na abertura dos trabalhos do Congresso Nacional em 2016, o deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), vice-líder da oposição, não acredita que o governo tenha credibilidade junto aos congressistas para aprovar a volta da CPMF e a reforma tributária da maneira como a governista propôs. “Essas propostas não serão aprovadas.
Ficarão mais no terreno das intenções do que da realidade”, avaliou Raul Jungmann logo após o pronunciamento presidencial.
LEIA TAMBÉM: > Aécio: O que Dilma buscou hoje foi o apoio do Congresso para aumentar impostos > Apesar de vaias, Dilma diz ter achado ‘ótima’ a receptividade do Congresso “Para se reeleger, Dilma cometeu uma série de atos, como as pedaladas fiscais, os subsídios para as indústrias e a bolsa empresário, com R$ 500 bilhões de empréstimo para financiar as empresas.
Destruiu a base da economia e agora quer reconstruir.
Este governo não detém capital de confiança para seguir com essas medidas.
Se o Lula, no alto do seu prestígio, não conseguiu quórum para aprovar a CPMF, não será agora que terá êxito, em ano eleitoral e com os brasileiros contra o aumento da carga de impostos”, sentenciou o deputado do PPS. > Dilma é vaiada no Congresso Nacional ao defender volta da CPMF > Em abertura do ano legislativo, Dilma conversa com Renan e evita Cunha Para Raul Jungmann, a presidente deveria propor um conjunto de medidas que incluísse a participação da oposição nas discussões. “Deveria chamar a oposição para debater problemas reais.
Tenho certeza de que não nos negaríamos a participar dessa conversa.
Mas a reforma, como está posta, não tem respaldo.
O governo tem grau de avaliação de apenas 5%, 6%.
Num momento como esse, portanto, não tem cacife eleitoral para aprovar”, ratificou. » Dilma teve gesto correto ao enfrentar vaias no Congresso, diz Eduardo Cunha Por outro lado, o parlamentar pernambucano imagina que os governistas podem sair vitoriosos em outros dois pontos levantados pela presidente no seu discurso aos congressistas. “No caso da desvinculação da receita, que passaria aos estados e aos municípios, e sobre a limitação dos gastos, existe possibilidade de contar com votos suficientes para levar adiante”, analisou Raul Jungmann.