A Justiça Federal condenou o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, com pena de 12 anos e dois meses de prisão.

A decisão foi publicada pelo juiz Sérgio Moro nesta segunda-feira, 1º.

Também foram condenados, na mesma ação, o ex-gerente da Petrobras Eduardo Costa Vaz Musa e os lobistas João Augusto Rezende Henriques e Hamylton Pinheiro Padilha Júnior, que tem acordo de delação premiada junto ao Ministério Público Federal (MPF). “As provas colacionadas neste mesmo feito, indicam que passou a dedicar-se à prática de crimes no exercício do cargo de Diretor da Petrobás, visando seu próprio enriquecimento ilícito e de terceiros, o que deve ser valorado negativamente a título de culpabilidade”, afirmou Moro na sentença.

Zelada foi preso em julho de 2015, em meio a 15ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Mônaco.

O ex-diretor da Petrobras teve mais de 10 milhões de euros bloqueados em contas bancárias no exterior.

Ele está detido no Complexo Médico-Penal, na Região Metropolitana de Curitiba.

De acordo com a denúncia apresentada pelo MPF, Zelada e Musa, aceitaram receber propina de US$ 30 milhões para favorecer a contratação, em 2009, da empresa Vantage Drilling Corporation - representada por Padilha - para afretamento do navio-sonda Titanium Explorer pela Petrobras.

O contrato foi de US$ 1,816 bilhão.

Esta não é a primeira condenação de Zelada e Henriques envolvendo irregularidades na Petrobras.

A 27ª Vara Criminal do Rio condenou Jorge Zelada e João Augusto Rezende Henriques a quatro anos de prisão em regime semi-aberto por fraude em uma licitação em que a vencedora foi a Odebrecht, causando um prejuízo de milhões de dólares à estatal.

As informações foram publicadas na Folha de S.

Paulo.