Foto: Divulgação Por Fernando Castilho, da coluna JC Negócios Atenção senhores governadores de Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte que sonham com a perspectiva de abrigar um hub da TAM nos seus aeroportos.
Aguardem um pouco mais pois a chilena Latam Airlines – que controla a TAM – vai reduzir o número de voos no Brasil.
Isso quer dizer que a ideia de ter a definição de um novo hub no país pela companhia deve demorar bem mais do que se esperava até agora.
A Latam Airlines, maior grupo de transporte aéreo da América Latina, divulgou nesta segunda-feira alta anual de 2,7% no tráfego de passageiros em 2015, apoiado nas operações em países de língua hispânica e de longa distância, que contrastaram com baixa no mercado brasileiro.
Por isso a chilena avisa que a TAM vai reduzir em 6% a 9% a oferta de assentos nos voos nacionais este ano.
No Brasil, o transporte de passageiros teve contração de 10,6% em dezembro, acumulando baixa de 2,6% no ano passado.
A empresa, com sede em Santiago, informou também que o tráfego de carga diminuiu 12% em 2015, devido, especialmente, à debilidade no mercado doméstico e internacional no Brasil.
De janeiro a setembro a Latam (controladora da TAM) teve um prejuizo de R$ 577,230 milhões.
A TAM disse que vai reduzir em 6% a 9% a oferta de assentos nos voos nacionais este ano.
A Azul, por sua vez, vai diminuí-la em 7% e está reavaliando a frota no curto prazo.
A Gol anunciou redução de 4% a 6% no número de decolagens domésticas para o primeiro semestre de 2016.
Já a Avianca disse que “eventuais ajustes na oferta dependerão do comportamento do mercado”.
Tam e Gol lideraram o mercado doméstico em novembro de 2015, com participações (em RPK) de 36,7% e 34,9%, respectivamente.
A Tam registrou queda de 4,8% em sua participação de mercado, enquanto a Gol teve redução de 3,5% neste indicador.
A demanda por voos domésticos no Brasil caiu 7,5% em novembro em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Esse é o quarto mês consecutivo de redução da demanda após período de 22 meses de crescimento.
Já a oferta doméstica apresentou a terceira redução após encerramento da sequência de 12 altas sucessivas do indicador, com -3,6% em novembro.
Ainda com os indicadores caindo no mês de novembro, o acumulado do ano continua positivo.
A demanda doméstica acumulou alta de 1,7% no ano e a oferta acumulou aumento de 1,5%, no mesmo período.
Segundo a ANAV a demanda (em passageiros-quilômetros pagos transportados – RPK) acumulou alta de 1,1% em 2015, quando comparado ao ano de 2014.
Entretanto, em dezembro, o índice registrou a quinta redução consecutiva fixado em 4,5% quando comparado ao mesmo período de 2014.
Já a oferta (em assentos-quilômetros ofertados – ASK) doméstica acumulou alta de 1,0% em 2015.
No mês de dezembro o índice registrou redução de 3,3%.
Os baixos índices dos últimos cinco meses equilibraram a variação dos dados de Demanda (RPK) e Oferta (ASK) que registravam crescimento nos primeiros meses do ano.
Os resultados apontam uma estagnação do mercado aéreo em 2015.
No período de janeiro a dezembro de 2015, a quantidade de passageiros pagos transportados acumulou, no mercado doméstico, crescimento de apenas 0,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Foram 96,1 milhões de passageiros no ano.
Os passageiros gratuitos somaram 1,8 milhão.
Ao todo, o número de passageiros transportados pagos e grátis somam 97,9 milhões.
Entre janeiro e dezembro de 2015, a carga paga doméstica transportada acumulou redução de 6,8% em relação ao mesmo período de 2014, tendo atingido 382,5 mil toneladas.
A GOL foi responsável pelo transporte de 35,0 milhões de passageiros pagos, a TAM transportou um total de 31,4 milhões e a Azul figurou como terceira empresa com 20,2 milhões.
No período de janeiro a dezembro de 2015, o aproveitamento de aeronaves no doméstico operado por empresas brasileiras (RPK/ASK) foi de 79,8%, frente a 79,7% do mesmo período de 2014, mantendo-se praticamente constante a taxa.
Em dezembro de 2015 foi da ordem de 79,8%, que representou queda de 1,2% em relação ao mesmo mês de 2014.