Participando pela primeira vez da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), em Brasília, o presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ, Carlos Pastoriza, disse que as medidas de incentivo ao crédito devem ajudar as empresas. “Acredito que teremos um pouco de fôlego e a economia poderá ser destravada.

O aumento do crédito é fundamental para que consigamos ajudar a retomada do Brasil”, ressalta.

Pastoriza destaca também o anúncio de que haverá o refinanciamento das dívidas contraídas junto ao BNDES. “Além de dar fôlego neste momento tão agudo da crise, contribuirá para que as empresas estejam preparadas e equipadas para o momento em que houver a retomada da economia brasileira”. “Sabemos que o pacote anunciado é fundamental como medida emergencial, mas o governo não pode perder de vista a necessidade de se iniciar, o quanto antes, as reformas estruturais que tanto o país necessita”, completa o presidente da ABIMAQ.

O presidente da União Geral dos Trabalhadores, Ricardo Patah, avaliou positivamente a reunião. “O mais importante é que foi iniciado um debate com a sociedade, apontando que há disposição no governo de buscar consensos entre as forças sociais para superar as dificuldades da conjuntura”, afirma.

Patah considera boa a criação de grupos de trabalho, destacando que na próxima reunião - em abril - já podem surgir propostas mais elaboradas. “O Conselho será um instrumento poderoso para destravar a inércia e avançar no caminho da retomada do crescimento”, acredita. “É positiva a retomada do diálogo, que não estava ocorrendo.

Todo brasileiro quer superar a crise e, pra que isso ocorra, é preciso diálogo por parte do governo”, destaca Miguel Torres, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM/Força Sindical).

O dirigente observa que o sindicalismo deve atuar no colegiado, visando à aceitação das propostas que já foram encaminhadas ao governo.

As Centrais Sindicais já entregaram ao governo o documento “Compromisso pelo Desenvolvimento”, elaborado em conjunto com entidades do setor produtivo, indicando sete medidas pró-emprego e o crescimento da economia.

O sindicalismo também apoia o Plano Nacional de Renovação Veicular, que pode revigorar a cadeia automotiva.