Carla Leal e Marcos Arraes Foto: Lucas Oliveira/Divulgação Provocada pelo Blog de Jamildo, a assessoria de imprensa da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) confirmou que Marcos Arraes assumiu a presidência interina da estatal na última quarta-feira (20), sem alarde.

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, assinou o decreto nomeando-o.

Como ele é diretor administrativo-financeiro, vai acumular as duas funções.

A assessoria informou que Rômulo (ex-presidente) e Mozart Sales ainda estão afastados desde a Operação Pulso, deflagrada no mês de dezembro pela Polícia Federal, para reprimir a atuação de uma organização criminosa especializada em direcionar licitações e desviar recursos públicos da Hemobrás.

Até sair uma decisão sobre o caso, Marcos Arraes fica na presidência.

Na semana passada, o novo presidente procurou o delegado da PF que dirige o inquérito para discutir como ficam os contratos que foram objeto de questionamento pela ação da PF.

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Depois de ter sido indicado na cota do ex-governador Eduardo Campos para a empresa, permaneceu na estatal mesmo depois da briga do socialista com os petistas.

OPERAÇÃO PULSO A Operação Pulso afastou três integrantes da Hemobrás dos cargos por 90 dias: o diretor-presidente, Rômulo Maciel Filho, o diretor de Inovação Tecnológica da Empresa, Mozart Sales, e um membro da equipe de engenharia.

Na ocasião, a Polícia Federal em Pernambuco divulgou a possibilidade de recursos desviados da Hemobrás terem sido destinados à campanha eleitoral de 2014 no Estado.

A informação do possível financiamento de campanhas chegou à PF por meio de um Relatório de Inteligência Financeira (RIF) do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que detectou operações financeiras existentes entre diretores da Hemobrás e familiares e campanhas eleitorais.

De acordo com as investigações da PF, estima-se que, aproximadamente, R$ 30 milhões foram desviados da Hemobrás.

Entre os contratos investigados, está o de armazenamto de plasma, que, a princípio, era de R$ 880 mil, mas foi fechado em R$ 8 milhões.

No dia em que a PF cumpriu os mandatos de busca e apreensão, maços de dinheiro foram arremessados pela janela do prédio onde mora o diretor-presidente afastado, Rômulo Maciel Filho.

A polícia ainda não divulgou se o dinheiro pertencia a ele.

Confira o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=1eDzbX69j1s