Priscila Krause (DEM), ex-vereadora do Recife e atual deputada estadual, que se apresenta como uma das candidatas ao posto de Geraldo Julio, nas eleições deste ano, comemorou a inauguração da Via Mangue “após 850 dias de atraso”.

A ex-vereadora do Recife alegando dever de ofício para justificar as críticas.

O Democratas ocupa cargos na gestão do PSB. “Após 850 dias de atraso (o contrato 014/2011 entre Empresa de Urbanização do Recife - URB - e Construtora Queiroz Galvão SA estimava o término da obra para 22/09/2013), trata-se de importante avanço para a mobilidade no Recife, facilitando o fluxo entre o Centro e a Zona Sul e vice-versa.

Mesmo privilegiando o transporte individual, a Via oferece à administração municipal a possibilidade de instalar em outros corredores paralelos faixas exclusivas de ônibus, parte importante e necessária da solução para a problemática do trânsito na nossa capital”. “O avanço não deve escamotear o prejuízo financeiro proporcionado pelos seguidos aditivos ao contrato principal (13 aditivos até o momento).

Sublinho nesse sentido significativa divergência entre a informação divulgada pela Prefeitura a respeito do custo da obra, que somaria R$ 431 milhões.

A fiscalização por mim procedida desde o início da intervenção viária registra que a Via Mangue custou (contrato 014/2011) até o dia 31/12/2015 R$ 491,5 milhões, R$ 60 milhões a mais do que apresenta a gestão municipal.

Priscila Krause diz que o valor foi pago por meio de 392 empenhos.

Na gestão João da Costa, em 2011 foram R$ 36,93 milhões com 32 empenhos.

Em 2012, R$ 118,18 milhões com 111 empenhos.

Na gestão Geraldo Julio, em 2013 foram R$ 200,57 milhões com 133 empenhos.

Em 2014, foram R$ 72,42 milhões com 40 empenhos.

Em 2015 foram R$ 63,44 milhões com 76 empenhos. “Os dados relacionados foram extraídos do Portal da Transparência da Prefeitura do Recife.

Para não restar dúvidas, ressaltando que o valor divergente é volumoso e importante à saúde dos cofres públicos municipais.

Consultarei imediatamente o Tribunal de Contas do Estado, responsável por competente fiscalização da obra através do seu Núcleo de Engenharia”.