Da ABr - O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, considera significativas as revisões das projeções para a economia brasileira em 2016 e 2017, feitas pelo Fundo Monetário Internacional, e divulgadas hoje (19) na atualização do relatório World Economic Outlook (Perspectiva Econômica Global).

O FMI aumentou a projeção de queda da economia brasileira, este ano, de 1% para 3,5%.

Para o FMI será o segundo ano consecutivo de queda da economia.

Para 2015, o FMI projeta uma retração de 3,8%.

LEIA MAIS: » FMI estima queda da economia brasileira de 3,5% este ano Em 2017, a expectativa é de estabilidade, com a estimativa de crescimento zero para o Produto Interno Bruto (PIB).

Em outubro do ano passado, o FMI projetava crescimento de 2,3%, em 2017.

Em nota, Tombini destacou que o FMI atribui a fatores não econômicos as razões para esta rápida e pronunciada deterioração das previsões.

No relatório, o FMI diz que a recessão é causada pela incerteza política, em meio às contínuas repercussões das investigações da Operação Lava Jato.

O FMI destaca que as investigações na Petrobras estão sendo mais profundas e prolongadas do que anteriormente se esperava.

Hoje, é o primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, responsável por definir a taxa básica de juros, a Selic.

Amanhã, no segundo dia de reunião, será anunciada a taxa básica.

Em nota, Tombini ressaltou que “todas as informações econômicas relevantes e disponíveis até a reunião do Copom são consideradas nas decisões do colegiado”.