A reunião ocorreu com forte esquema de policiamento da PM, com receio de manifestações violentas.
Depois que o Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) aprovou, na manhã desta segunda-feira, 18, a proposta final de de reajuste tarifário para o transporte público de passageiros na Região Metropolitana do Recife (RMR) de 14,42%, o governo Paulo Câmara revelou o tamanho dos subsídio final envolvido na operação.
Como a “tarifa necessária” em R$ 3,10, o governo do Estado terá que bancar o valor de R$ 0,30.
O governo informou que isto representará, para este ano, cerca de R$ 150 milhões investidos no sistema.
O anel A passa de R$ 2,45 para R$ 2,8037; o B, de R$ 3,35 para 3,8329; o D, de R$2,65 para 3,0258, e o G será reajustado de R$ 1,60 para R$ 1,8401.
Os valores serão arredondados pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Delegados de Pernambuco (Arpe).
O presidente do CSTM e secretário das Cidades, André de Paula, disse que a tarifa do Recife e da Região Metropolitana será a menor das capitais nordestinas.
Em Salvador (BA), a passagem custa R$ 3,30.
Em Maceió (AL), R$ 3,15.
Em Aracaju (SE), 3,10.
Em São Luís (MA) e em Natal (RN) ela custa R$ 3,00.
Em Teresina (PI), R$ 2,83.
Fortaleza (CE) e João Pessoa (PB), cujas tarifas, desde 2015, eram praticadas em valores superiores aos do Recife, ainda estão discutindo seus reajustes.
Justificativas “Durante esse período, itens importantes na planilha de custos foram elevados, causando impactos no reajuste da passagem.
Em julho passado, por exemplo, houve dissídio coletivo do pessoal de operação, com reajuste de 10% nos salários.
Apesar de representar cerca de R$ 45% nos custos do sistema, não houve repasse para a tarifa”, destacou o secretário de Cidades. “Também podemos citar a redução de quase 5% dos passageiros transportados, em decorrência da grave crise que o país atravessa, e a variação nos índices de aumento dos insumos: 20,30% no óleo diesel/lubrificante e 11,70% no veículo padrão (ônibus)”, analisou o secretário.