Foto: Agência Brasil Da Agência O Globo O doleiro Alberto Youssef não reconheceu o assessor do ex-ministro Antônio Palocci, Charles Capella, em acareação realizada na manhã desta quinta-feira em Curitiba.
O doleiro manteve a versão dada a integrantes da CPI da Petrobras em agosto do ano passado em que disse que nunca negociou doação a campanha da presidente Dilma Rousseff, em 2010, através de Palocci.
Nesta quinta-feira, os investigadores da força-tarefa da Lava-Jato realizam uma série de acareações no processo que investiga a suposta participação do ex-ministro no esquema de corrupção da Petrobras.
Em agosto, o doleiro negou ter repassado R$ 2 milhões ao ex-ministro para a campanha de 2010.
Na época, Youssef disse que o dinheiro teria sido repassado por outra pessoa.
Três meses depois, o lobista Fernando Baiano disse que o pecuarista José Carlos Bumlai intermediou o encontro entre ele e Palocci.
Capella teria participado das negociações. — Eu saio muito tranquilo como estive em todo o processo, tranquilo — disse Capella ao sair da sede da PF.
LEIA TAMBÉM: > Youssef confirma repasse de R$ 30 milhões para campanha de Cabral e Pezão > Defesa de Palocci quer anular delação de Youssef e Baiano A advogada Danyelle Galvão, que representa o ex-assessor de Palocci, disse que seu cliente não participou de qualquer reunião o doleiro ou Baiano: — Não houve reunião com nenhum desses delatores.
Não houve encontro, eles não se conheciam.
A primeira vez que o Charles viu o Fernando Baiano foi hoje e não conhecia essas pessoas, nem Paulo Roberto Costa, nem Alberto Youssef, nem Fernando Baiano.
De acordo com Galvão, Baiano manteve a sua versão: — O Baiano manteve a versão dele e nós a nossa.
Essa reunião não aconteceu.
Há um fato inverídico narrado por alguns delatores — completou.
Quem falou que Palocci recebeu dinheiro de Youssef foi o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.
Em acareação feita na PF no ano passado, Costa manteve a versão dos depoimentos feitos em delação premiada: “Ratifico aqui meus 126 depoimentos”, resumiu.